segunda-feira, 29 de março de 2010

Wait

De repente, me dei conta que resolvi uma antiga questão fazendo o que todos dizem que é pra fazer e ninguém, de fato, consegue. Esperei. Esperei pacientemente. Mentira. Foi sem paciência alguma, bastante enfado, irritação, melancolia, corridas e horas de lágrimas desperdiçadas depois de um filme bonito, uma música bonita, um dia bonito. Uma noite inteira e um pouco da manhã dançando ao som de tudo e a volta pra casa vazia apertou um pouco o peito. Fiz de tudo para preencher a falta que eu achava que tinha nome. TV ligada, janela aberta, luz acesa, vida online, doce no prato, banho quente, música no rádio. Duas horas de pensamentos soltos e a falta que achava que era sua se dissipou com o sono. Com a resposta automática de um email avisando “sua mensagem será entregue ao destinatário”. O extraordinário é que no lugar da falta, que nada é, mas que preenche, ficou nada. Nada de verdade, uma imensa possibilidade de ser alguma coisa qualquer, ou de apenas esperar, mais um pouco. Um nada. Alguém para tomar um vinho chileno.