sábado, 25 de setembro de 2004

2004

Quarta-feira, Setembro 29, 2004


Reedição de texto. 
Afinal, os sentimentos volta-e-meia se repetem também. 

O fim pode ser só o começo para uma outra coisa. 
Foi assim que ele acordou hoje, depois de ter chorado muito na noite anterior. Acordou ouvindo gemidos, com a cara fechada, mas, de alguma maneira, seu peito estava aberto. Saiu de casa. 
Sabia que dentro de sua própria casa havia um pequeno monstro. Sabia, mas não confessava a ninguém. Como alguém que sabe que seu câncer é maligno, mas esconde da família pra evitar que eles sofram também. A Coisa estava lá, presa num quarto. Mesmo que há tempos não a alimentasse, ela continuava viva, e, por vezes, arranhava as portas, batia nas paredes, lembrava que ainda estava lá. E, ULTIMAMENTE, COMO ARRANHAVA... Por mais que precisasse e tivesse essa vontade inúmeras vezes, ele não estava pronto para matá-la, de alguma forma, existia uma esperança, a idéia de que ela não era de todo má e que, depois de tanto tempo de reclusão, poderia se tornar um ser melhor. 
Na casa dele, a indicação da saída de emergência piscava para longe, para algum lugar em que o monstrinho não mais se remexesse. Faltavam forças. Pois foi quando acordou ouvindo os grunidos da coisinha. Aquilo não teria fim, sentiu. 
Saiu de casa. Não fez as malas, não deixou bilhetes, não se preparou pro frio da noite. Uma vontade de correr sobrepôs-se a qualquer pensamento racionalizável. Talvez aquela fosse a saída indicada a tanto tempo. Seguiu as luzes. Cada passo que o distanciava de sua própria casa era como se o aproximasse de uma nova vida. E quão mais velozes fossem aqueles passos, mais cedo ele deixaria de ouvir os gritos dela, que, de alguma maneira, sentiu falta do seu cheiro, e gritava, apavorada. 
Era isso. Era a simples proximidade entre eles que não permitia fazê-lo um homem livre. A coisa se alimentava da esperança existente entre eles. Dele, que ela poderia voltar a ser uma princesa, e dela, que ele se entregaria a ela de uma vez por todos. Longe, a coisa morreria. 
"E ele também", sentiu, quando as pernas não conseguiram mais correr. A distância entre os dois também traria a morte dele. Uma ligação mitológica entre o sol e a lua, como os ácidos e as bases, doce e amargo. 
Mas, não voltou. Sem movimentos e com a noite perto, escolheu ficar no meio da estrada até que alguém pudesse socorrê-lo. Deserto pra todos os lados. E frio. Sabia que era o fim, e decidiu por ele. Escolheu morrer tudo de uma só vez. 
Nunca se orgulhara mesmo de ter prolongado aquela dor por tanto tempo. 


*** 

E, bem, pra animar... 

Tem gente que gostou da história das calcinhas!! 
(com vcs, meu irmão!) 

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Segunda-feira, Setembro 27, 2004


"QUANDO SE ACHA QUE JÁ VIU DE TUDO NA VIDA..." 

 

no mínimo o Dr. Rey Fortes deve ser ginecologista... 
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Domingo, Setembro 26, 2004


Eternidade e efemeridade. 
A primeira vez que ouvi "efemeridade" eu devia ter uns 14 ou 15 anos, devia estar me preparando pra fazer vestibular em breve, devia estar atenta. Devia, porque me lembro de ter guardado que era o tema da redação da PUC e da repercussão que teve porque as pessoas não sabiam o era efêmero. Nem eu. Efêmero era o contrário de eterno e eu não sabia que existia o oposto de eterno, que tinbha um nome certo. Também não ia saber que efemeridade provocava um sentimento. Se se sentir eterno é como eu me sentia todos os dias, como ia saber que existia o não-eterno? E que era uma sensação mais motivadora e mais agonizante do que o ser-eterno. 
"Foi só por um segundo, todo o tempo do mundo, e o mundo todo se perdeu." 
As palavras nascem juntas com as coisas ou vêm depois? Primeiro se descobre uma cor e depois a chama de magenta, ou, primeiro formula-se o magenta e daí vê no que dá? É possível que eu sinta algo que não tem nome e fique sofrendo porque não sei como se chama - mesmo sabendo como é o sentimento? É possível que eu gaste uma fortuna com um analista pra descobrir o que é tal coisa e, depois que eu me mudar pra um país com uma língua estranha, fique doida porque todos eles sabem o que é o que eu sinto, pq todos eles sabem dizer que "isso" tem nome... Enfim, o que vem primeiro? A coisa ou o conhecimento nomeado da coisa? É possível que eu já tenha me sentido efêmera antes de saber o que é efemeridade? 
Confusão. 

**** 

O mistério do "Alecrim e Hortelã" foi resolvido, pra quem acompanhou. 
Espírito barriga verde do Dazaranha no ar inspirou-o a adotar a tal alcunha. 
Tudo bem. 
Mas ainda odeio os "anônimatos". 

**** 

Hoje eu me dei conta de quanta sorte eu tenho quanto aos meus amigos. 
Nunca encontrei tantos deles ao mesmo tempo. Nunca consegui juntar gente de lugar mais diferente. Nunca tinha parado pra pensar que eu tenho muita sorte em ter as pessoas que tenho ao meu redor. Guilherme, Chin, Lielson, Pablito, Elisa, João, André, Gabriel, Manuel. Gente que esteve bem perto esses dias. Que me fizeram chegar em casa e sorrir de cansaço. 
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Sexta-feira, Setembro 24, 2004


 

E esta daqui eu gostei muito, mas não consegui colocar na historia!! Bem, vai aqui mesmo!!! 
Chama-se "Metafotografia" - ou? Como é que diz quando uma foto quer falar dela mesma? Foi o momento inspirado em "A Vila", do Hitchicock - hehehe. Ok, foi uma tentativa fúnebre mas acho que nem tão frustrada. Lá estou eu, no meio, e dois amigos. Os nomes são do Memorial dos mortos-do-Cerco-da-Lapa. Olha a quantidade de João e José só nessa parede!! 

 

Ai, será que o nome certo é <>? hum... 

"Eu fui fazer um samba em homenagem a nata da malandragem, que conheço de outros carnavais. Eu fui a Lapa e perdi a viagem, que aquela tal malandragem não existe mais" - Homenagem ao Malandro - Chico Buarque
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Segunda-feira, Setembro 20, 2004


Tinha uma vontade especial de chorar. Eram 2 horas da manhã de domingo (nunca soube se falava duas da madrugada de sábado ou duas da manhã de domingo) e em geral não acredita que pode haver movimentação criativa dentro de si depois de 20 horas acordada (20 horas meu Deus... o tal comprimido de guaraná realmente funciona). Continuava a ler um livro de capa preta e letras vermelhas que emprestara de um amigo na última quinta-feira prometendo que devolveria no dia seguinte. Gosta de cumprir com suas promessas, mas, já que ele não tinha cobrado o livro, ela adiou um dia, depois dois, e assim conseguira o final de semana de prazo para apreciar sua leitura. Entendeu que a (não) movimentação (criativa) era barulho - balburdia, como dizia seu professor de Português (com nome em gerúndio) da sexta série. Entendeu que tinha ficado muito tempo sem dormir, que pretendia muitas coisas para o mesmo tempo, que estava sozinha num quarto de 30 metros quadrados, que era pequena demais para tudo aquilo. Sabia que as vozes (sim, os pequenos entes sem cor ou vulto que a visitavam sem regularidade, mas com freqüência) não vinham sozinhas, nem que saiam apenas de dentro dela. Já conhecia o timbre das suas, das que sempre a visitavam. Aquelas eram diferentes (mais envelhecidas, com fraco sotaque inglês denunciado pela dificuldade em pronunciar o til), mas que recitavam os mesmos versos. Estaria ela enlouquecendo? Eram duas da manhã e as vozes vinham-na visitar? 
¿Então deve ser assim enlouquecer¿, pensou. ¿Você perde as esperanças num dia¿ (sempre considerou esperanças palavra para título de filme) ¿no outro o sono, no outro a vida¿. 
Sabia que era abençoada por não precisar cuidar do seu almoço, da sua roupa, da sua casa (casa... ela tinha amor e aversão por voltar a ¿sua¿ casa todo dia depois do dia). Sabia que, contudo, estava enlouquecendo. Sabia que as novas vozes que chutavam seu estômago às duas da manhã de um domingo quase primaveril de setembro iam carregá-la pela mão até algum rochedo próximo e se preciso impulsiona-la. Era tão fácil culpar o livro de capa preta. Dizer que terminado, as vozes vão. 
Foi assim da primeira vez. Da primeira vez em que sentiu aquela necessidade (sim, era necessidade, pois a falta traria o fim) estava no banho. Lembra ainda do cheiro do sabonete misturado com o pinho de lavar o vaso. Lembra que a água estava tão quente quanto gostava e que caia solta, larga, forte, fazendo rápido seu trabalho pra que pudesse chegar logo a ser parte de algo maior, de alguma cachoeira ou lagoa, de um afluente ou foz. Lembra como as lágrimas se confundiram com o banho. Lembra que o sal tinha cheiro de pinho. Lembra que sentiu seu rosto inchado quando saiu do banheiro, exatos 31 minutos depois, e registrou num guardanapo (gostava de pegar os guardanapos timbrados de hotéis e restaurantes e fazer pequenos estoques na bolsa) deixado em cima da cabeceira: ¿a paz não vale a pena se não temos chances de viver¿. E essa loucura? Ela valia a pena? Ela não conseguia responder. Ainda existia aquela necessidade do choro que se sobrepunha a qualquer outra sentença lógica. 
Na manhã dominical do dia seguinte (ou, do mesmo dia, tinha sempre as mesmas dificuldades em relação às palavras, não sabia, por exemplo, se dizia ¿nunca vi ninguém assim¿, ou, ¿já vi ninguém assim¿, ou, ¿nunca vi alguém assim¿) acordou indisposta, cansada como se aquele sono fosse o mais árduo dentre todos os trabalhos de Hércules. Não olhou sua imagem no espelho, mas sentiu as pálpebras semi-abertas, ainda lacrimejantes, a voz grave, o nariz entupido. Tinha chorado o choro dos justos, apesar de ainda se sentir pecadora. 
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Quinta-feira, Setembro 16, 2004


Às vezes dá vontade de parar. Sentar numa escada na beira da rua e ficar vendo a vida parar.Você se questiona como teve forças pra chegar até aqui. Como conseguiu? Sua motivação até ontem era qual? E não passa nada de útil, nenhum momento bom, nada. Como conseguiu? Às vezes tudo perde a luz, tudo parece extremamente normal, esperado, previsível como se a perspectiva (essa palavra que nem pronunciar direito eu sei) de cada dia que vai vir fosse a mesma que para o dia de hoje. E alguém vem até você e dia que te falta alma ("palavra constangedora, sentimental, mas de que outra forma chamá-la? - a parte que talvez, quem sabe, sobreviva à morte do corpo."*). Eu evito viver pra não me frustar (ela era aprisionada todos os dias, já se acostumara a esticar os punhos ao carcereiro, achou que as algemas eram simbolos de segurança...). 
E sinto que faço merda cada vez que decido ir na minha própria contra-mão. E, de repente, tudo o que tinha construído sobre mim desaba com a simplicidade e facilidade de um sopro doente. Debaixo dos escombros, eu tento reavaliar qual coluna foi mal levantada. Todas. Tanto tempo gasto pra pensar sobre mim e sobre quem eu sou, e qualquer abalo faz com que eu duvide de tudo. Me odeio por precisar de reforço externo. Por ter que assumir que preciso mesmo de um grande espelho. Ou, poetando, preciso de um bom par de olhos, que não os meus. Tá tudo bege. Procurando algo que eu deveria ter em estoque por aqui. 
Ah! E hoje eu pude ver o quão curtas são as minhas pernas. 
Em pouco tempo eu enxergo outras coisas. 

* do livro que comecei a ler hoje e já adorei, "As Horas", Michael Cunningham. Sim, é a história antes do filme! 

"Tem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo então que cresceu" (Roda Viva, Chico)
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Quarta-feira, Setembro 15, 2004


E se eu te ligasse e dissesse: "ei, acho que estou sentindo algo diferente."? Hein? Ia fugir como todos? Ia se esconder em algum lugar? Acabo me acostumando com a tua presença por aqui, em algum lugar que você não estava antes, um lugar que estava vazio até você se aproximar... E se eu te ligasse? Apenas pra dizer "oi, como foi o dia?..." Apenas pra dizer que foi voce aqui nas redondezas que permitiu um cheiro novo, um gosto novo, aquela alegria ao sair de casa, aquela alegria ao voltar. Uma luz. É, e se eu te ligasse? Se eu pudesse dizer a mim mesma, dizer que esse frio que isso me causa é bom, é restaurador, esse frio no ventre me aquece. Contrário como tudo na vida. Contrário como nós. Tão opostos. Instigante. Pois eu sorrio quando ouço teu nome, quando falam de ti. E se eu te ligasse? 
"Eu hoje joguei tanta coisa fora, eu vi o meu passado passar por mim, cartas e fotografias, gente que foi embora... A casa fica bem melhor assim" (Tendo a Lua, H. Vianna)
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Segunda-feira, Setembro 13, 2004


Nestes dias cinzas 
Acho que sou psicossomática, hipocondríaca e neurótica. 
Tenho pálpebras que tremem e um estômago em degradação. 
Enxaqueca e tendinite. 
Espinhas, cravos e aftas. 
Tenho desconfianças, dúvidas e descrenças. 
Um metro e sessenta e dois centímetros. 
20 unhas encravadas. 
Muitas ocupações para 24 horas. 
Muitos amores. Muito platônicos. 
Acho que gosto de filmes com efeito catártico. 
Gosto de carinho na cabeça, com as pontas dos dedos passando bem devagar. 
Gosto de dar opiniões e de não tomar decisões. 
Esqueci de dar parabéns pra um amigo. 
Já sonhei em ter uma caixa de madeira de 100 lápis de cor da Faber Castell. 
Pensei em ser veterinária, presidente da república, mutante do x-man. 
Me contaram que meu nome significa "testemunha". Eu nunca entendi. 
Pensei que um dia ia conseguir ser mais irresponsável. 
Queria que apenas respirar fundo pudesse responder a todas as perguntas.
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Domingo, Setembro 12, 2004


E HOJE, EM CARTAZ... 
 
Que simpáticos, não?! fotos retiradas dos sites de campanha são sempre tão felizes... 
Estou aceitando sugestões, opiniões pessoais, partidárias, qualquer coisa que me esclareça ou que me bote mais em dúvida! Dúvida não! Total escuridão! Putz! Eu não vejo horários políticos, tá certo..., mas, nem que eu visse! Pelo que contam, tá duro mesmo... E eu que odeio o "vou me abster", vou acabar fazendo campanha pro voto nulo! Tô pedindo socorro!!! (olhem bem pras fotinhos... em último caso posso escolher alguém só pelos belos olhos azuis... é, como se isso fosse do meu tipinho!) 

***** 

Engraçadissimo eu escrever um post sobre indecisão política hoje. Acabei de tomar uma atitude e agora estou hiper insegura em relação a ela. Ia dizer, se tivesse escrito isso há trinta minutos, que tomar essa escolha era bom, porque, mesmo não sendo racional, estava baseada em algo que eu queria/sentia e que me parecia bom. Há 30 minutos eu estava bem em relação a tudo isso. Agora, com a decisão assinada, me sinto bem mal. Já vejo que hoje vai ser como nas noites anteriores em que dormi mais que mal. Agora fico me perguntando "pq eu não pensei mais um pouco" em relação a tudo, antes de dizer "sim, eu topo". Agora, aquela mesma emoção que eu permiti que tomasse uma decisão, está me traindo e me fazendo sentir culpada. To com um bolo no estomago. Uma insegurança que me faz tremer. E me perguntando por que eu valorizo umas coisas tão pequena, por que eu não consigo tomar decisãoes simples sem pensar muito antes. Ou, mesmo pensando, fico com medo de ter feito a coisa errada. 
Começo a invejar um amigo que adora sentir remorso. 
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Sexta-feira, Setembro 10, 2004


Bem do meu tipinho mesmo... 
depois de um dia muito cansativo, sabendo que tem ainda muita coisa para fazer, chegar em casa preocupada, mas se alegrar por ver em cima do balcão da cozinha uma cartela cheia de Dorflex. 
E coca-cola!
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Quarta-feira, Setembro 08, 2004


Por que as pessoas morrem? Ainda não entendi por que as vidas têm que ter um fim. Infantil? Dane-se. Eu não lido bem com perda, não me acostumo com a falta, não vivo bem sozinha e ainda não aprendi a sentir prazer em me arrepender. Não entendo bem os tais "ciclos da vida". Pra mim, as coisas sempre se repetem, porque não consigo resolvê-las da primeira vez. Eu lembro de datas e sinto coisas como se o passado pudesse retornar. Tenho medo dos dias. A aproximação dos aniversários me assusta. Eu mexo em objetos de mortos, se dependesse de mim, eles não descansariam em paz. Aqui, jaz... nada! Nada morre. Posso ressucitar o que eu quiser. Mas, mesmo assim, elas voltam a morrer. 
"Infelizmente, minhas peças não são obras-primas. Se o fossem, teriam o direito de ser podres." Nelson rodrigues. 

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Se minha cabeça fosse um PC, eu mandaria formatar. 
Se bem que os vírus são sempre os mesmos. 

***** 
Eu, no copo. 
Poderia ser uma metáfora. 
Ou, sei lá, uma passagem de Alice... 
 

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Não deixem que seu cachorro suba no andar de cima do beliche! 
Ontem, num momento "eu posso tudo", minha cachorra se jogou do beliche e quebrou a unha (não sei como não foi a pata inteira)!! Coitada! Um baita escândalo quase de uma da madrugada! 
Ah! E quando forem dar o analgesico, naum enrolem num presunto. No outro dia, além de uma cadela deficiente, terão uma cadela com vômitos de grávida! 
Alias, a Maia será a nova estrela das fotonovelas... aguardem! 

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Balanço do feriado: PRODUTIVO 
Unhas feitas, cabelo hidratado, visitinha a Antonina, cinema com sacão de pipoca-porca-capialista, conversa no bar, dormir, dormir, dormir. Ah! teve sol! Mas minhas pernas ainda não sabem disso!
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Domingo, Setembro 05, 2004


Eu não amo você. 
É isto, se meu amor foi um peso colocado em suas costas, respire: você está livre. Livre das esperanças que depositei, das imagens que criei, dos sonhos que tive. Sua foto não está no meu porta-retrato e tudo o que foi teu está encaixotado. Eu não te amo mais. Amo, ao contrário, o eco do que poderia ter sido as nossas vidas. Me desculpe, eu projeto vidas. Não consigo apenas ser a incógnita, eu quero saber quanto vale "x" . Mas, eu não te amo. Sou egoísta demais para ter um sentimento puro. Incapaz de te ver ao longe e não desejá-lo. E sou mimada, sabe, uma pequena que quer tudo. Vou sentir falta de você nos domingos. Você está livre, também. Eu não te amo, e agora, não sei mais no que me inspirar. Eu te usei. Você foi meu Dorian Gray. Verdadeiramente, eu não te amei. Amei em mim a mudança que aconteceu ao te encontrar. Amei a pessoa que eu fui. Amei ter algo por que lutar, algo pra zelar, pra conquistar. Você não me reconheceria mais. Você me ajudou a chegar em um ser dentro de mim que por muito tempo eu neguei. And now, I´m more than that. Eu não amo você, me sinto livre. E vejo cores por aí.
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Sábado, Setembro 04, 2004


Às vezes, a vida realmente vale a pena. 
Poderia, agora, colocar um monte de pequenas lembranças da noite. 
"Viver, como se diz, dá medo", da Milena que sente. 
"Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro...", preciso dizer? 
"Teus sinais me confundem da cabeça aos pés mas por dentro eu te devoro. Teu olhar não me diz exato quem tu és, mesmo assim eu te devoro", da Milena devoradora. 
"Não há como doer pra decidir, só dizer sim ou não, mas você adora um se...", da Milena que sofre pra escolher entre qualquer coisa. 
"Vem pois já nasce o dia esqueçamos tudo de ontem, o que eu não faria para apagar o que eu disse de nós dois", da Milena que ainda não conhecia a letra e ficou pensando "é... (suspiros)"... 
E por aí vai. 
Queria estar calma pra fazer um post bem bacana contando de como me senti ótima no show do Djavan, hoje. De como era importante ir, de como estava com medo de reacender sentimentos, de como não queria parecer uma solteirona com dor de cotovelos que chora ao ouvir Oceano... Mas, fato: fui, foi lindo, cantei "eu sou o homem que pode lhe dar além de calor, fidelidade" olhando pro meu neguinho predileto e agora, me sinto ótima!
No mais, estou viva. O sumiço foi por falta de tempo até para responder emails nessa semana. Feriadão em casa. Lendo Nelson e, com muita boa vontade, os textos chatos da faculdade. Que mais? Opa! Amanhã, pra deixar o final de semana melhor, Los Hermanos na Cultura, 15h! 
Prometo voltar a ativa! "Meu povo, não me deixem só!" hahaha 
(eu fico "meio" idiota quando to muito feliz!) 
 
bati fotos minhas, uhu!, quando revelar, eu coloco aqui!