segunda-feira, 25 de abril de 2005

2005

Quinta-feira, Abril 28, 2005


Você confiaria em uma pessoa assim? 

Você daria um mínimo de crédito? 
Você acreditaria que ela tem grandes ambições? 
Acredita que ela é uma pessoa decente, íntegra e sem problemas com a justiça? 
Você seria capaz de amar alguém que anda pela rua assim? 
Você pense bem, hein?! Não vai sair por aí enganando meninas pequenas com esse tipinho de cabelo que elas acreditam em todo mundo fácil fácil! 


"O que você não sabe nem sequer pressente É que os desafinados também têm um coração (...) 
Você com sua música esqueceu o principal Que no peito dos desafinados No fundo do peito bate calado 
Que no peito dos desafinados Também bate um coração..." 

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Sexta-feira, Abril 22, 2005


Agora você sabe mais de mim do que ninguém. Agora sou eu, sinceramente. Eu sangrei na sua frente. Já fiquei nua. Já chorei. Agora só me resta ser eu todo o tempo, abrir meu armário, revelar meus últimos desejos. 
Agora sou eu: instável e previsível, fechada, insegura, errante, tingida, apaixonada. 
Eu, e não há como voltar atrás. 

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Quinta-feira, Abril 21, 2005


O fim de alguma coisa 
- Não precisa fazer rodeios - disse Marjorie. - O que é que você tem? 
- Não sei. 
- Sabe, sim. 
- Não sei. 
- Vamos, desembuche. 
Nick olhou a lua surgindo atrás dos morros. 
- Não tem mais graça. 
Não teve coragem de olhar para Marjorie. Depois olhou. Ela estava senatda de costas para ele. Nick olhou para as costas dela.
- Não tem mais graça. Nenhuma mesmo. - Ela não disse nada. Ele continuou. - É como se tudo tivesse se desmanchado dentro de mim. Não sei, Marge. Não sei mesmo o que dizer. - Olhou de novo para as costas dela. 
- O amor não tem mais graça? - ela perguntou. 
- Não - ele respondeu. Marjorie levantou-se. Nick ficou sentado com a cabeça entre as mãos. 
(Ernest Hemingway) 

O fim de alguma coisa (com bem menos sutileza e amor-próprio) 
Como é que as pessoas que te amam podem te magoar tanto? 
Como é que essas pessoas podem te fazer tanto mal? Espera-se demais delas ou elas é que prometem ser semi-deuses e nos machucam quando mostram o quão mortais são? 
Eu queria um tempo pra saber viver longe de você. Eu queria acabar com tudo. Queria não te amar mais e me distanciar antes que comecemos a nos magoar muito. Eu não sei amar ninguém e deixar as coisas sendo boas por muito tempo. Sou eu quem estraga tudo. 
Me senti melhor tendo pena de mim. 
O que vc quer comigo? 
Por que fica fazendo planos de viver comigo se é assim que você costuma me tratar? Vai tomar no meio do seu cu. Isso não se faz e você já fez duas vezes. Tomar no cu! Dá vontade de fazer igual com você só pra você saber como é bom e pra agir que nem criança. 
Você acaba comigo. 
Vai tomar no cu se pra você é fácil. 
Deve ser facil manter uma vida longe de mim. 
Deve ser facil se acostumar com alguém na sua casa e depois se acostumar a nao tê-la mais. Você me deu uma gaveta! Isso representa algo pra mim. Se não representa pra vc, vai tomar no seu cu e saia da minha vida. SAIA DA MINHA VIDA! ME DEIXA, PRA SEMPRE, DESVIA DE MIM NA RUA, desapareça do meu campo de visao, leve suas coisas daqui de casa enquanto eu não estiver. Leve suas memórias, leve seu sorriso, a lembrança dos teus abraços, leve teu cheiro. E deixe a chave aqui depois de bater o cadeado! Quero minha vida de novo. Quero ser eu de novo. Quero ser eu longe de você e de todas as marcas que "isso" já me deixou. 
Quero não sentir tua falta domingo. Quero não sofrer quando te encontrar com outra. Quero não ligar se você está se cuidando, se tem se dado bem, se tem conseguido realizar teus sonhos. 
Não me importo mais. E vou ficar mentindo assim até achar que deu. 
Não vou derramar lágrima nenhuma porque você resolveu me dar tchau e não voltar mais, se você vai fazer de conta que eu e a balconista da padaria da esquina representamos o mesmo pra você. Não vou sentir falta da tua família, dos teus amigos, das tuas coisas. 
Eu não me importo. Infeliz! 
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Quarta-feira, Abril 20, 2005


Falei com um amigo que veio aqui, leu o último texto e comentou depois comigo. 
Perguntei se ele não tinha escrito nada. 
Disse que ficou com medo do que estava escrito nessa janela aí em baixo: 
"se você clicar aqui vai aparecer uma outra janela, experimenta:". 
- Sei lá, Milena, vai que era uma sacanagem? Preferi não apertar. 
E eu me perguntando porquê não tinha mais comentários nesse blog falido! Acho mesmo que preciso rever algumas coisas.
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Sexta-feira, Abril 15, 2005


Andando pelos corredores do supermercado, ouvindo Ouro Verde FM, carregando a lista de compras na mão. Ovos, leite, queijo, sabão em pó, sabonete líquido, algodão, coca-cola e pratos plásticos. 
Corredor de coisas com cheiros legais. Xampu, xampu normal, xampu pra cabelo tingido, xampu pros secos, condicionador, condicionador, creme de cabelos, creme pro corpo, creme pro rosto. Outro lado, vira o carrinho, sabonete líquido. Não. Não. R$5,45, não. Promoção: R$3,99. Risco da lista. Continuo a andar. Sabonete normal. Fraldas, fraldas. Recém-nascidos, até 1 ano, para uso geriátrico. Ui! Absorventes higiênicos. Abas, normal, uso contínuo, com aromas, discreto. Não. Algodão. Risco. 
Passo pela sessão de roupas - lembro-me de que no meu primeiro dia em Curitiba, ganhei uma jaqueta de náilon rosa do Carrefour porque não estávamos preparados pro frio dessa terra -, promoção do mês especial das mães para roupas de gestantes e bebês. 
Vou procurar o queijo e leite. No caminho, uma geladeira cheia de iogurtes. Danete, Chandele, Danoninho, Iakult. Quero tudo. Quero sorvete de creme, castanha de caju, M&M´s e cobertura de chocolate. 
Pára! "Quer ficar 20 quilos maior, menina?" - me controlo. 
Preciso de pães também. Vou até à padaria. Sinto uma pequena cólica. Acelero o passo, volto pra buscar o sabão em pó que tinha esquecido. Q-boa, água-sanitária, veja, limpa-vidros, cera. Meu estômago vira. Sei lá se é meu estômago também. Nunca sei onde fica o quê dentro de mim. 
Espero pra pegar a coca-cola na fila do caixa porque eu quero uma gelada. Tem uma criança remelenta na minha frente. Fica olhando pra mim e rindo. Elas sempre fazem isso. Não achei os pratos plásticos. Essa semana vou ter que lavar louça. Será que tem detergente lá em casa? A rádio pára de tocar. Tocava Losing My Religion. "Senhora Milena, Senhora Milena. Por favor, dirija-se ao balcão de informações." 
Convencida de ser a única Milena no mundo, caminho até o balcão. 
- Oi, me chamaram. 
- Milena? 
- Isso. 
- Para a senhora. 
Odeio quando me chamam de senhora mesmo quando veem que tenho apenas 20 e poucos anos. 
Ela estende o braço oriental com um envelope branco na mão. "Para Milena". Uma folha branca dentro do envelope e uns garranchos em tinta azul debochavam "Milena, pra quê tudo isso?". 
Olho ao redor. Todos os figurantes do mercado escondiam seu riso irônico e começavam a recolher seus carrinhos perfumados de Mamãe&Bebê. 
Procurei pelas placas que me amndavam rir. Abandono as compras. Olho novamente a folha. "Milena, pra quê... 

(sugestão de Lielson Zeni, com as devidas autorizações.) 
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Quarta-feira, Abril 13, 2005


Um dia, ela parou. 
Ficou em casa por 20 horas seguidas. Sentiu-se mal como se estivesse num lugar estranho. Descobriu-se doente. Doente como as anorexicas que sofrem de um mal secreto. Fingia que ficava longe de casa porque gostava de fazer muitas coisas. Descobriu que precisava. Não conseguia ficar mais tempo ali. Faltava-lhe ar. Sentia-se s. Só conseguia pensar que se aquilo que ela tanto temesse acontecesse ela não saberia como agir. Apesar de falar muito, não tinha coragem para contar sobre esse seu medo recente e diário. Sentia azia há dias e sua cabeça tinha voltado a doer. Talvez, todas essas novidades faziam com que tivesse ainda mais vontade de esrar longe de casa. De passar meses longe dali. Pensou em procurar um médico, mas era o tipo de pessoa que prolonga ao máximo a dor de uma dúvida com medo da resposta definitiva e, talvez, desagradável. Não tinha mais os braços amigos disponíveis. Eles precisavam trabalhar. E conseguiam se concentrar tanto nisso que esqueciam dela. 
Não tinha razão para permanecer em casa. Achava que tinha razão para ficar longe dela. Sentia necessidade de escrever sobre o que sentia, mas as palavras lhe faltavam. Era inconfesável. Sentia medo. Sentia-se só. Sentia-se pequena. 
No dia seguinte, voltou a andar. 

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Segunda-feira, Abril 11, 2005


Sabe quando você começa a achar que esse lance de blog já deu o que tinha que dar? 
Pois é...
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Quinta-feira, Abril 07, 2005


Fui abrir meu e-mail agora e fiquei com medo de aparecer teu nome. Não sei em que momento tua imagem passou de segurança inabalável a essa imprecisão de humor. Não sei o que mais eu provoco em você. Começo a me sentir um peso, algo a ser deixado de lado da forma mais delicada possível, se é que o é. Há dias sinto uma necessidade de te deixar livre de mim. Olho pra você olhando pra mim e me sinto uma gaiola, fria, aprisionadora, asfixiante. Gaiola por não ter coragem de te deixar ir. Por não querer que você vá e por acreditar que teu lugar é perto, dentro de mim, que aqui eu posso cuidar de você, te alimentar. Cega, insensível, insensata. Eu não abro a porta e digo vai. Eu quero que você fique, que continue cantando pra mim. 
Não consigo terminar minhas histórias. Eu só sinto aquele mal-estar, aquele medo, aquele nó. Fiquei esperando você ligar hoje, como ligava antes. Fiquei esperando um beijo, um colo, uma preocupação. Fiquei esperando. 
Eu não tinha pensado sobre não te ter mais. Não tinha projetado meus dias caso você se fosse. Não foi bom fazer isso e não sei se vai ser fácil. 
Aí, fiquei acordada a noite toda, fiquei com uma cara inchada, com dor de cabeça e com o dedão encravado nele mesmo. Muito introspectivo. Interessante. 
Não consigo terminar minhas histórias. Às vezes, apenas, não quero. 
E não teve teu e-mail, teu beijo, teu telefone. 

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Quarta-feira, Abril 06, 2005


Eu, 
eu apenas sei que acabou. 
Sei com uma tristeza triste e certa. Sei com uma certeza sensorial, emocional. Eu conheço seu tom de voz. Eu já ouvi suas histórias. E, agora, só me conformei. Não resta nada de nós. Nada do que planejamos. 
Não vou mais falar disso. Não vou mais falar de você. 
Eu, sem que você precise me falar, eu apenas sei que acabou. 

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E, ainda dá tempo! 

putz! 

Zé do Caixão, ontem, foi um sucesso! 
É!