domingo, 25 de abril de 2004

2004

Sexta-feira, Abril 30, 2004


Só pra constar 
Viagem pra São Paulo. Programas: Picasso, Mostra Design, Pinacoteca. 
Segunda: estágio - segunda a sexta, 14 as 18h. 
Será que eu aguento? A programação semanal agora tá cada vez mais apertada!!! Descolei esse estagio na Fundação Cultural (que tem tudo pra ser bom) pra cumprir com minhas obrigações com o Cefet. É, eu não desisti de lá... e como estava matriculada na disciplina de estagio e naum fazendo mais nada lá, tive que assumir essa!!! To morrendo de medo, na verdade. Jah falei o quanto não gosto de situações novas e aquele frio na barriga que está no top 10 das coisas mais odiadas está começando a aparecer... Agora fico com RP de manhã, lá na pqp do Juvevê... volto correndo pra casa, almoço, vou pro centro - estágio - e fico até a noite (aula - Cenicas). Sem contar que lá na Escola Tecnica estão com mil projetos pra começar a ensaiar pequenas esquetes pra apresentar na rua. NA RUA!!!! Socorro!!!! Até eu que não tenho muito medo de público tô fechando pra apresentar qualquer coisa na rua... É... coisas... coisas... 
Vou começar a ficar (mais) ranzinza, vou dormir menos do que já durmo, vou reclamar da vida, vou escrever menos no blog! 
Me falaram uma vez que eu não podia agarrar o mundo com as mãos... ainda não acreditei!!!! 

Ahhhhh!!! Não podia esquecer! 

 

Recebi em primeirissima mão esse banner! Ainda não tá anunciado no site, mas se tudo correr dentro da normalidade, dia 04/06 tem outro show dos Los Hermanos!!! Aviso já pra todo mundo ir se preparando, chamar os coleguinhas e marcar de ir, hein?!!! 
Assim que der conto como foi em Sampa e o primeiro dia de trampo (giria só pra manter a rima!)!! 

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Quarta-feira, Abril 28, 2004


Pela última vez, saudade. 
Tomei coragem e resolvi te escrever. Quem sabe assim posso falar as coisas que tenho ensaiado a tanto tempo e passar a uma nova etapa da minha performance. 
Quando você se foi, eu não chorei. Deixei flores sem nunca mais lhe ver, e tomei o caminho que me levava pra longe de você e de tudo que você representou um dia. Me mudei. Por mim, sairia da cidade e começaria uma vida nova longe de qualquer lembrança do que fomos nós, um dia. 
Mas a estrada era de mão dupla, com estacionamento, radar, lombada eletrônica, sinaleiro. Tudo que retardou meu caminho, que me fez repensar em você. Não tomei o caminho de volta, mas parei. Fiquei aqui por um bom tempo. E o inverno se foi, esfriou, amenizou, esquentou, amenizou novamente, e só agora que já sinto meus pés precisando novamente de um cobertor é que notei o quanto tempo estou aqui, estacionada nessa avenida, sem sinal da sua presença. 
É claro, não tinha mais como te ter perto. Seu caminho não tinha volta, e eu sabia disso. Mas não chorei, não me despedi. Acenei a cabeça e deixei que fosse, sem mostrar o quão querido você era pra mim. 
E, aqui, estacionada, notei que ainda sentia um gosto amargo e que não tinha coragem de engolir o pedaço indigesto que rolava na minha boca. Como criança - e talvez eu nao passe de uma - eu experimentei um doce bonito mas que não foi bom pras papilas, ao invez de mastigar rapido e engolir de uma vez, não, prefere ficar jogando de um lado pro outro dentro da boca, e reclamar que está ruim, e chorar que não quer comer. 
Quando me dei conta que o bolo ainda estava preso na garganta, comecei a tentar a engolir. 
O primeiro passo foi te escrever. Não sei quando é que o entregador passa por aí. Imagino que você também deve ter se mudado. Se bem que sempre tenho a impressão de ver seu rosto por ai, até os mesmos cabelos. Ficou dificil distinguir entre o que me lembro e o que realmente foi. Me lembro de já ter tentado decorar seu rosto, certa vez, com as mãos. Como premonição, como se soubesse que minha memória fotográfica é de Polaroid e que as imagens desaparecem com o tempo. Mas hoje está tudo muito confuso. 
Não sei o que fazer em seguida. Pretendo... não sei. Pretendo viver longe de você. Pretendo, primeiro, prantos. E deixar que o choro lave as lembranças, que esclareça um novo caminho. 
Mas queria que você soubesse, soubesse que minha mudança ficou no caminho. Estacionei num campping e fiquei sem morada fixa. Queria avisar que trouxe suas coisas para morarem comigo na nova casa. 
Queria dizer que ainda. Queria dizer que li um livro e. Queria dizer que hoje senti sua falta e que não posso mais tê-lo aqui. Foi muito cedo, meu querido. Ainda tinha que aprender a parar de tentar dizer tantas coisas. Ainda tínhamos muito. 
Descanse (e deixe-me descansar) em paz.
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Segunda-feira, Abril 26, 2004


Não, não, não, estou BEM sim. É que só consigo escrever coisas tristes. Minha literatura barata não tem bom humor, e quando aparece algum é melhor não levá-lo muito a sério. E não, também não estou a ponto de matar, não estou na fase retardatária de Legião e ainda há esperanças para que a vida seja bela! Foi assim que tentei convencer um querido amigo meu hoje. Fala ai, Eliel, consegui? É... foi daquelas conversas boas que te deixam com coisas pra ficar pensando depois. 
Esclarecimentos: estou cobrando qualidade dos meus textos. Por causa disso estou há uma semana sem escrever nada. Ou seja, adeus naturalidade, espontaneidade e todas as outras intenções iniciais que permeavam esse blog. Dois: tá difícil escrever o que bem entendo na hora em que bem entendo (como nos primórdios desse humilde blog), fico, inevitavelmente, pensando em quem pode estar lendo, se vai ficar pensando o que. Coisas bobas que vão podando (pra usar uma fala bem do povo) tudo que de instintivo existia aqui. PORÉM. Sei bem que isso acontece sempre. Todo mundo passa pela fase que usa a roupa que bem entende e fala que tá mandando o mundo à merda pq não tá nem aí e blablabla, passa a não mais pentear o cabelo ou deixa a barba crescer. ATÉ QUE se descobre que "sim", você liga sim pro que os outros pensam, e agradece à sua mãe por não ter te deixado tatuar uma caveira enrolada num dragão que começaria no seu ombro e terminaria na mão. 
ENFIM, uma maneira honesta de dizer que não sei mais o que escrever, que procuro ser sincera, mas que meu sincero é meio melancólico, que a vida continua dentro da normalidade, tão simples e normal que teria que ter um super dom pra escrever coisas boas apesar dos (não) pesares. 
E queria poder falar mais, ainda estou com as sementes da conversa aqui... "Paciência, Samuel San... paciência..."
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Quarta-feira, Abril 21, 2004


Volto a ouvir "Paciência", a música com maior índice de postagem aqui no blog!! Ainda preciso de paciência... de um pouco mais de calma e de alma. 
Mesmo com todas as minhas leituras em busca de um conhecimento meramente supercial das filosofias e psicologias existentes, ainda assim, não consegui entender qual é o meu medo em relação ao tempo. Por que sempre temas relacionados ao tempo me comovem? Em que momento eu descobri que não estou fazendo nada com a minha vida, ou que estou fazendo muito menos do que eu poderia fazer? Quando esse super-consciente me atingiu? "A vida é tão rara..." E fico na espera do mundo, que ele tenha mais "paciência" comigo, pra que eu possa me deitar por um dia apenas e apenas "não ser". Não me cobrar por não estar fazendo nada com o meu "tempo", mas que esse nada seja o máximo produtivo que qualquer outro ser. "Será que temos esse tempo pra perder?" E volto ao meu "esperar" contínuo e cotidiano. Não mais esperar apenas por algo, mas ansiar por coisas. É aqui que tenta se esconder meu choro. Choro no meu aniversário, choro em 31 de dezembro, nos domingos a noite e nos finais de feriado. A ânsia que o inesperado, enfim, aconteça, promove um festival de dilusões nessa arena, tão já a mostra que só pode ser exibido sem vergonha. Já não sei mais o que é que estou fazendo comigo, com o meu tempo, com meus 20 e poucos anos. E o tempo que perco aqui não me leva a conclusões maiores, são sempre as mesmas dúvidas, os mesmos medos, as mesmas esperanças... Não sei se escrevendo me ajudo a me achar, se, ao menos, ajudo qualquer coisa que seja no mundo a entrar nos seus eixos... Eixos? ah! se tivéssemos mesmo um! Ao menos um! Depois de correr de um lugar a outro, de fazer várias coisas ao mesmo tempo e provar ser um "otimizador" do tempo, ganharia como prêmio o "eixo" de nossas vidas... daí em diante era só girar, deixar-se em moto-contínuo e ter tempo pra pensar na própria vida. (só que o mundo vai girando cada vez mais veloz...) É, ninguém disse que ia ser fácil! A pequena Alice tomou o líquido do frasco porque estava escrito "beba-me", ela não viu nenhum sinal avisando ser um veneno, então bebeu. Ah! Alice... só depois de ter diminuido é que te foi permitido entrar no país das maravilhas, só depois de ter sobrevivido às lágrimas que você mesma chorou (quando ainda era considerada "grande"), só aí você entendeu que há muito além do que se pode ver. Ah, minha cara, nem sempre no rótulo está escrito "cuidado veneno!"!! 
"E enquanto tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa, a vida é tão rara..." 

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Terça-feira, Abril 20, 2004



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Domingo, Abril 18, 2004


Milena Cara Valente: ela já não dobra mais. Isso mesmo. Ela está prestes a chegar no momento em que fixa certas coisas na cabeça e poucos tiram. Pede pra que os outros se acostumem com ela, com suas manias e vontades, e diz que agora quer mesmo é viver sozinha (no fundo, é uma grande mentira, todo mundo sabe, mas precisa se convencer e acreditar que é o melhor que ela pode fazer por ela mesma). Cresceu acreditando que havia caminhos certos e caminhos errados. Certa vez, precisou escolher entre a trilha desconhecida e uma avenida iluminada. Escolheu a certeza do caminho. Não pode mais se entregar, não é feliz, apesar de andar por aí dizendo que é do tipo cara valente. Se bem que todo mundo sabe que o humor com frequencia instavel é coisa de quem não tem outra proteção e se esconde na cara de vilão, esse cartaz já não cola mais. Éeeee ela não é mesmo de nada, a cara amarrada é só uma maneira de tentar sair mais ilesa desse mundo de mágoas. 

Livre inspiração e adaptação em "Cara Valente", Marcelo Camelo...
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Terça-feira, Abril 13, 2004


Fiquei a observar a sua imagem que se afastava lentamente. Por muito tempo apenas isso me bastou. Fui sofrendo por vê-lo cada vez mais longe, cada vez menos nítido. Talvez se tivesse caminhado mais dois passos eu não afundaria nessa areia movediça. Mas eu estava por demais cansada e sua imagem a longe fazia com que eu me sustentasse ainda em pé, mesmo sem me mover, ainda estava em pé. Foi quando você se tornou apenas um ponto distante perdido na memória que eu tentei sair daquela massa que me enlaçava. Inútil lutar nessas condições! Então, cansada, consciência perdida, optei por afundar aos poucos. Era o que restava... quem sabe se me debatesse desde o primeiro momento, essa dor não alcançaria os recônditos lugares que alcançou. Opções erradas, mais uma. 
Com os braços estendidos no ar, ainda acreditava que aquela estrada não era apenas nossa, e que algum aventureiro viria desbravar novas terras e poderia me encontrar ali, presa na lama do que sobrou de nós. Grandes e falsas esperanças! Quantas vezes ouvi passos a minha volta, mas com o dia já tão escuro, não fui capaz de desvendar quem realmente era. E, quantas vezes, com o sol a pino (sol de cegar), poderia ter jurado que era você ali, novamente. Mas não. Cega. Se você soubesse que ainda estava ali, que fui envolvida e não havia mais saída, sei que acharia uma corda; porém, meus braços continuavam estendidos e sozinhos. 
É no tempo que me sobra que te escrevo essa despedida, sem saber como ela chegará até você. Quanto a mim, peço que esse lamaçal tenha as dádivas de uma cartola mágica, e, uma vez finda minha modesta apresentação nesse palco, possa reaparecer em outro picadeiro, pronta para retomar a minha caminhada, nem que seja rumo ao gran finalle.
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Sexta-feira, Abril 09, 2004


Ando tendo aulas provocativas, graças a Deus. Investigações que estão me fazendo pensar. Ontem, para que a idéia não voltasse ao seu mundo, anotei com caneta rosa-choque na última folha do caderno: 
"O ser humano é passado, não consegue VIVER. Os dias passam e continuamos esperando Godot. Espera desesperançosa." 08/04 (porque sempre anoto a data das minhas anotações, pra não perder o tempo que se foi). 
Esquisito isso, não é? Esquisito como estou sempre tentando "não perder o tempo que se foi". Porque sempre tento negar isso, dia após dia. Como corremos de um lado para o outro, como vamos para a faculdade, para a academia, para o Inglês, para o cinema, para o curso de extensão, e como acreditamos que tudo isso é vida. Mas, a faculdade não é feita para o hoje, e sim, para quando formos procurar emprego, estarmos mais qualificados. A academia é pra quando formos mais velhos, bem mais, conseguirmos subir as escadas do nosso apartamento com um mínimo de autonomia. O Inglês é para uma viagem, num dia, quando der. E assim vai. 
E enquanto isso, continuo, no íntimo, esperando. Esperando quem? Ah é! Estamos esperando Godot! Mas, quem é Godot? Não importa, ele pode ser a felicidade, um deus, uma pessoa, pode ser uma oportunidade, um amor, um dia, a morte. Continuamos esperando o que só virá quando não mais estivermos acordados. Eu continuo esperando o ¿há de vir¿, mesmo que ele seja como o 29 de fevereiro, mesmo que seja como a copa do mundo, como ônibus de madrugada, como festa de Centenários. Sempre à espera de algo, desse Godot. Algo que pode chegar ou não. É o velho problema do tempo, das ¿horas¿. Como busco ocupar todo tempo que tenho com coisas banais e depois, quando o dia passa, não seria capaz de responder o que de relevante foi feito do dia. Por que sempre esperamos o super-homem capaz de satisfazer nossas aspirações, de nos levar para longe de nossos medos, para vivermos num local seguro e divertido? Por que, a todo o momento, tento tirar de mim a responsabilidade sobre minha própria vida? Porque estou sempre esperando Godot e mesmo sabendo que ele não vai chegar, eu vivo exatamente igual, ainda esperando por ele? É o eterno problema com o presente, com a transitoriedade da vida, com o medo do segundo seguinte. E eu não vivo, eu só espero. Ansiosa pelo dia de manhã, chorando pelo que aconteceu ontem. É sempre isso, nunca são aflições pelo que está acontecendo agora, porque, tristemente, nunca tenho consciência do que está acontecendo nesse momento. É sempre tarde ou cedo demais, nunca no momento exato. É sempre uma espera ou um lamento. E, dia depois de dias, esperando... olhando a janela... esperando ¿Godot¿. Infelizmente.
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Quarta-feira, Abril 07, 2004


Resolvi elaborar melhor meu samba de uma nota só. Não tinha ritmo nem sonoridade alguma. Só sentido, e ainda assim duvidoso. Por isso, mudei-o: 

"Piscina seca" 

Mais expressivo, mais sonoro e com aliteração! 
Um dia eu chego lá...
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Domingo, Abril 04, 2004


Acho... 
Acho que eu me acho demais. Acho que por me achar demais eu começo a achar que não tenho muito o que me achar e começo a me achar meio metida. Daí, acho, logo em seguida, que não tenho nada de mais a ser achado em mim, e começo a me achar meio mais ou menos, meio menos, meio mal-achada. Acho que, na verdade, eu acho coisas de mim que ninguém mais acha. 
Acho que eu acho defeitos que ninguém acha e qualidades que nunca vão ser achadas. Aliás, esses achados sobre meus achos são demais para qualquer pessoa normal, eu acho. 
Mas, enfim, acho que ficar achando coisas em mim mesma não vai me levar a lugar algum. Mesmo pq, como já disse, eu acho coisas que ninguém nunca vai achar, que nunca ninguém vai achar muitas das coisas que eu encontrei em mim mesma, ou, pior, eu nunca vou achar em mim o que muita gente teima em achar que achou. 
Eu gosto de achar coisas, apenas achar. De ter quinquilhões de perguntas, de ter muitas duvidas, de colecionar talvezes. Eu gosto de poder mudar de opiniões, e de opinar com "achos". Gosto de começar um texto com "eu acho que", de dizer daqui a pouco que eu não acho mais nada do que eu achava nesse exato momento. Eu também gosto de achar coisas. É, de perder e depois de encontrar. De sair pra procurar algo e de achar. E depois de achar que achei, achar que aquilo não era bem o que achava que eu queria achar. 
Acho que eu gosto mesmo dessa palavra. Acho que eu gosto mesmo de achar muitas coisas, em muitos lugares, em várias pessoas. 
Bem, é isso, eu acho.
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Sábado, Abril 03, 2004


Dá pra desejar que todos os dias chuvosos morram? Pois que morram todos os sábados como esse!!! Ahhhhhh!!! Que saco!!! Meu humor pode ser transformado por uma coisa tão imbecil quanto um dia cinza!! Putz! Queria mesmo que me sobrasse algum ânimo. Qualquer um. Ânimo pra ir na locadora devolver as fitas que peguei! Mas, nada... uma droga! E não me venham com essa de calma Milena. Tô de cara, e dai? Alguém tem coragem de acabar com uma amizade? É, digo, racionalmente, chegar e por um ponto final, como num namoro. Pelo menos uma vantagem em se ter um namorado ao inves do amigo. Namoros, quando se está cheio, quando não aguenta mais aquelas babaquices, pequeninas, mas que te enche todo santo dia, vc vai lá, conversa, faz de conta que naum quer magoar ninguem, cara de bonzinho e acaba. Um dia de peso na consciencia e alegria garantida no próximo final de semana. Mas, e essas malvindas amizades que vc naum pode por fim? Eh, digo, tem que conversar no telefone quando naum se estah afim, tem que fazer de conta que vc naum estah mal humorado por ter que se mexer do sofá pra atender um telefone no meio de um SABADO CHUVOSO, quando naum se tem e naum quer conversar!!! Caramba, me deixem! Eh, estou sim mal humorada! Muito! E agora acabou o que ser dito. Tô com vontade de ser muito mal educada de xingar todo mundo, de falar palavrão, de ver filme trash. E dai? Quero passar creme no rosto e ficar verde, quero comer ateh explodir, quero dizer "naum", sem o muito obrigada no final.Ah! E naum me venha com essa de que as coisas vão melhorar. ALGUÉM FALOU QUE O SOL IA RAIAR? Alguem disse que ia ser facil? Naum! E pq naum existe uma estação de radio descente em curitiba? Pq naum consigo ir ao cinema sozinha? Pq tenho raiva das historias de amor? Bah! Eu queria encontrar um locutor de radio e mandar ele aa merda... eu naum mereço essas porcarias a essa hora da tarde! Ah! E naum quero comentarios sobre minha raiva do mundo... tem um pessoal mal educado que anda por ai falando coisas. Naum gosto que falem coisas. Precisa gritar um pouco e ninguem pagou ingresso pra me ver aqui, p. da cara com o mundo... é teatro de rua, se naum gostaram podem sair da roda e dá a vez pra outro se sentar. 

Piscina vazia. 
Isso naum faz sentido nenhum, tá totalmente fora de contexto. Mas, é poesia concreta. Meu primeiro verso da poesia. Ah! Melhor: é um haicai. 
"Piscina vazia", de Milena Emilião. 
Bravo! Bravo! 

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Quinta-feira, Abril 01, 2004


"É um grande festival, pessoal!" 
Foi assim que depois de ganhar o prêmio-consolação no PUTZ! eu agradeci ao povo! 
Foi bacana, gostei de mim!! Eu explico: é que um carinha que levou a menção honrosa antes de mim, na mesma categoria, agradeceu à UFPR pela "organização desse festivalZINHO"!! Putz! Festivalzinho? Ficou todo mundo com um nó na garganta. Em seguida, Girassóis foi chamado para ganhar o prêmio claquete (tá bem bonitinho ele, na sala...). Não resisti: "é um grande festival, pessoal!"!! 
Uhhuu!!! E eu que queria passar desapercebida como caloura, subo ao palco, falo, e quase tombo na hora de descer! Grande caloura! 
Enfim, minhas tres primeiras semanas de aula ainda não mostraram muito sobre o que vou encontar pela frente. Aulas poucas e com professores ausentes. Ambiente já era conhecido, bacana, floresta... Pessoal... ah! esses sim! Pode ser deslumbramento, mas o povo me pareceu muito jóia! Gostam de uma boa festa e de papo pro ar!! 
Dai, querido diário (!!!! - definitivamente não consigo escrever nada mais que preste!!!), o Festival... nada de excepcional como no ano passado, mas, no geral, grande oportunidades! Meus olhos ficaram felizes de ver muita coisa "bonita"! Muito tempo na rua, sol, gargalhadas, e revi aqueles amigos de festival... 
Meu aniversário terá suas fotos publicadas aqui, em breve! Na verdade, cheguei a elaborar um post imenso sobre as frustações que meus aniversários me causam, de como eu me cobro me sentir feliz, ter um dia especial e tantas outras coisas que acabam num longo choro debaixo do chuveiro, que é lugar bom pra soluçar... Quem sabe, quando a animação dos presentes eventos me abandonar eu não discorra sobre. 
Ah! E teve a brilhante recuperação do pai dos meus amigos! Me deixou especialmente feliz! Crianças, to torcendo muito e vai dar tudo certo!! Mesmo!!! 
É isso, diário... Quando uma Musa cair do Olimpo e se mudar pra minha vizinhança, eu prometo que coisas melhores serão destinadas a esses posts...