sábado, 25 de fevereiro de 2006

2006

Quinta-feira, Fevereiro 23, 2006



"She dreams in color, she dreams in red 
Can´t find a better man 
Can´t find a better man" 
(better man - pearl jam) 

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Quarta-feira, Fevereiro 15, 2006


Eu não sei porquê ela deixou que teus olhos a regassem. Não sei porque nem porquê ela trancou-se em você e permitiu uma dependência. Autorizou sua entrada exclusiva e dispensou os empregados. Dispensou os amigos, os amantes e todos os outros olhos. Não sei porque acreditou ser você o escolhido. Onde estão as suas palavras de amor, seus presentes escondidos na bolsa, as suas confissões destinadas a ela? Ela não precisa se sentir sozinha. Ela não precisa de você mais. Eu acho. Não precisa mais do que isso. Ela se engana. Está dependente, no escuro, incomunicável e irreconhecível. Eu a perdi em um jardim secreto. Minha pequena! Não só minha, não tão minha. Ela: "Meu pequeno... não só meu mais, não mais meu..." Ela se perdeu como tudo o que ama. Ela: tão fraca, tão dúbia, tão só. 
***** 
Não desanime, isso vai acabar.
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Terça-feira, Fevereiro 07, 2006


Há alguma coisa de errado em voltar para casa e se sentir fora dela. Há alguma coisa estranha em não pertencer mais. É errado mentir tanto e encontrar a felicidade graças à mentira. Existe ressentimento nas duas vidas, existe peso pelas novas escolhas. Há alguma coisa de errado com o passado, há sonhos errados, há grandes esperanças. 
Eu não sou mais aquela. Eu quebro as regras, eu transgrido minha moral (que moral?), eu choro, eu ando, eu desejo, eu não penso. Eu quero sair daqui, quero não precisar voltar mais, quero me livrar de um fardo, levantar a cabeça, não temer as múltiplas escolhas, ser um pouco mais eu. (Eu?) Quando eu descobrir quem eu sou. O que eu quero, o que eu não quero, o que eu nunca vou saber. Ser um pouco mais eu só então. Porque hoje eu só não queria ter voltado, não queria ter amado, não queria ter deixado, não queria ter dito, nem ter não dito, não queria estar amarrada, enjoada. Queria estar feliz de ter você e estar longe. Quantas pessoas te tem! E eu fico querendo mais. Exijo cumplicidade, exclusividade, tempo. Eu sei tão pouco sobre mim e quero deixar esse tanto pra lá. Entro na cama e aperto os olhos desejando voltar, desejando uma chance de começar de novo, começar de novo, começar de novo. Abro os olhos e está tudo igual. Tudo andando, como sempre, tudo rodando, como sempre. Há alguma coisa de errado comigo e com esses três quilos de cérebro que eu comprei num brexó da Treze de Maio. 
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