domingo, 25 de janeiro de 2009

janeiro 2009

Quarta-feira, Janeiro 28, 2009


Milhões de sentimentos simultâneos. A cabeça a mil e tonta. Dez anos, ou menos. O tempo não passou. Passou, mas é bom sentir que o essencial não muda. O que é importante está lá. E faz sorrir, faz lembrar, desejar, suar, e, por que não, o importante é que o amor está lá. Não o de sempre, não o de filme, o das músicas, está lá o amor do fundo, o carinho eterno, gratuito, cúmplice. Abraços não dados, beijos esquecidos. “Saudades.” “Não some, ta?” “Beijo, linda.”
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Terça-feira, Janeiro 20, 2009


Olhando pra ela não era possível imaginar as lágrimas que já tinha derramado. Cry me a river. Ela perdeu o filho que vocês sonharam, que quase tiveram tantas vezes, mas decidiu manter em segredo. Até de você. A cada dia doía menos a sua ausência, as músicas no rádio, os pequenos momentos. Durante o dia, esquecia que você já fez parte da rotina. Não sabia mais o seu número de cor, esqueceu-se do dia do aniversário, do segundo beijo, da combinação dos nomes. Nos pensamentos dela, apenas um lamento, um suspiro, um sorriso triste no canto da boca e muitos novos anseios. Olhando pra ela é impossível acreditar que já te amou.
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Quinta-feira, Janeiro 15, 2009


Foi em outro que ela pensou quando foi beijada. Inesperadamente, sem nenhum afeto, seu coração parado enquanto os lábios se moviam. E, no pensamento, apenas, a outra imagem, um outro rosto grande e sério. Idiota, imbecil, ingrato, besta, idiota. Idiota. Idiota. Por que ele não está lá? Idiota, idiota, idiota. Ou, por que as sombras dele não desaparecem? Por quê? Por quê? Por quê? Por que apenas não assume que é ela a pessoa certa? Ela sabe. Ele sabe. Por que ele a deixa nos braços de outro enquanto o que ambos querem são os corpos conhecidos? Idiota. Idiota. Ela o ama, desesperadamente, como se essa fosse a única coisa boa que soubesse fazer nessa vida. E beija, abraça, sorri, finge que gosta, finge que curte. Não conhecia a complexidade da vida. Não até hoje. Hoje, ela disfarça, sofre, descobre um corpo longe do desejo. Deseja longe do coração. Para ela, até hoje, só amar era o bastante. Hoje, ela aprendeu a fingir. E a se divertir. Por que não?