sábado, 31 de maio de 2003

Sábado, Maio 31, 2003


Acho que deve ser normal nos decepcionarmos com pessoas e pessoas se decepcionarem consoco. Mas, como é duro isso! A sensação é que as vezes colocamos coisas, situações e pessoas em certos lugares que elas não merecem estar. Não é que não mereçam pq elas não são boas o suficiente, é que nós, por vezes, colocamos muitas esperanças em coisas e essas coisas não são capazes de corresponder ao mínimo que esperamos delas. Puxa, isso é tão ácido! Mas, não é mais tempo de ter ilusões, por isso é que acabou-se o que era doce. Simplesmente é o fim. Sabe quando vc olha pra algo e sabe que chegou. Pronto. É finito. E, essa é outra dor: descobrir que tudo chega ao fim. Tanto o saco de pipoca (que ficamos chupando o sal dos últimos graos), quanto um grande saco de sonhos. Tá, mas, já que falei em sonhos, tem uma coisa que preciso falar: já que esse meu blog parece muitas vezes muito cinzento, sem vida e sem um porvir, tenho que contar que não sou verdadeiramente assim. Como diria Martin Luther King, "eu tenho um sonho", um não, muitos. E acredito neles, faço poucas coisas pra que eles aconteçam, mas não deixo que se vão. É triste quando vc encontra velhinhos que já acham que a vida acabou pra eles. Não quero isso pra mim. Mesmo que morra com 90 anos, quero ter ainda algo pra fazer. Quero estar inacabada, imperfeita. É claro que isso contradiz o que falei antes. Mas é que, as vezes, nós mesmos matamos pequenos desejos nossos. Coisas bobas, mas nossas, que queremos muito. Deixamos que elas peguem as malas e digam adeus. Não que queiramos de verdade que elas se vão, mas não conseguimos achar um pouquinho mais de força pra pedir pra elas ficarem. E elas vão. Por isso queria avisar, sei lá pedir, pra quem não desistamos. Nao importa do que. Meu irmão quer fazer drad no cabelo. Vai ficar ridículo, todo mundo sabe disso, mas ele QUER fazer. E o que eu penso? Faça. Faça e pronto. É algo tão simples de resolver se ele não gostar do resultado final. Mas, como, pra variar, aqui em casa tudo tem que ser um parto pra acontecer, não querem deixar que ele faça, pq é um insulto, uma aberração e essas coisas ridiculas de uma família que acha que é liberal, mas que é preconceituosa, moralista e fracassada. Bem, desculpem, peguei pesado. A verdade é que tive uma briga antolológica com meu pai terça-feira de manhã. Absurdo. E, pra piorar, não consigo perdoá-lo. Isso nunca foi um problema pra mim, mas tá muito difícil agora. Estou cansada das palavras que ele diz quando está de cabeça quente, depois, se arrepende, mas não importa. Ainda posso ouvir as besteiras que ele falou como se ainda estivesse falando. Pior: sei que, na primeira oportunidade que ele tiver, vai falar tudo de novo. Não adianta. Meu coração tá ficando muito duro. Também não sei se é o tempo que faz isso com as pessoas. Se crescer é se tornar alguém mais impenetrável, uma concha, não quero. Quero me emocionar, chorar um monte, ter rompantes de alegria e outros de tristezas. Quero acreditar que comer chocolate vai me deixar pra cima e ter um monte deles pra hora que eu precisar. Enfim, quero acreditar em várias coisas, nem que elas estejam erradas, sejam falsas crenças... Eu quero querer. Não dá pra parar. É assim que se vive e assim que se tem a felicidade. Alias, ja falei de felicidade? Como nao gosto quando dizem que o sonho delas é ser feliz. Dá vontade de sacudir a pessoa e diz "vc nunca vai conseguir, acorda! ou vc faz sua felicidade todos os dias, ou vc nunca será feliz". Pq nao existe isso de conjugar no futuro, ou vc é feliz, um pouco cada dia, ou vc nunca será. 
Bem, bem, bem, meu asssunto mudou totalmente, era pra me complemetar, mas acho que acabei me contradizendo. Ótimo. Não sou soldade pra fazer sentido, não hj. Hj quero ser incoerente, etérea, eterna, grande na minha pequenêz, pq nao sou meus 1m62 apenas sou muito, muito maior do que aparento. É bom terem cuidado comigo! hehehehe
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Acabou-se o que era doce. 
E quem quiser (ou, tiver coragem) que conte outra.
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Terça-feira, Maio 27, 2003


Faz tempo qu nao escrevo. Faz tempo perto da minha vontade de esrever, de contar as coisas que sinto e que me doem. 
Eh dificil conseguir tempo pra tudo que se deseja, dai acabo priorisando outras coisas. 
Vamos falar de coisas superficiais em cinco minutos, porque tenho aula: vi Matrix agora ha pouco, muuuiiiito bom! Mas, preciso ir agora, depois, prometo, vou escrever mais! 
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Quinta-feira, Maio 22, 2003


Por que gosto tanto de ver os casais de velhinhos apaixonados?
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Meu amigo conseguiu salvar tudo de novo... que bom!!! E, viva os comentários!!!!!
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Terça-feira, Maio 20, 2003


Meu template mudou loucamente, eu nao mandei fazer nada!!!! Ai, eu e os computadores!!! socorro!!!! Vou precisar da ajuda de outro amigo.... aiaiaiai
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Trabalho da semana: a arte afro-brasileira. 
Bacana, é joia conhecer novas culturas e encará-las como culturas e nao como abominações satânicas. Mas, tah dando trabalho... vou me empenhara ateh amanha a noite!! 
Eh, estou no Cefet agora correndo atrás do tempo perdido!!
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Domingo, Maio 18, 2003


Melhor começar com uma explicação; mexeram no computador aqui de casa e desconfiguraram o teclado, por isso estou com problemas na acentuação e pontuação das palavras e frases, o que vai complicar e muito a vida dos que, porventura, tentarem me entender. 
Acabei de assistir ¿Duas Vidas¿, (filme com o carinha do Duro de Matar) que nunca me preocupei em ver pq achava que seria mais uma dessas produções bobinhas e insosas hollywoodianas. Engano meu. Quer dizer, engano pq talvez nem toda produção bobinha seja insosa. Chorei, sabe. O que também não eh nenhuma novidade, haja vista o quanto choro com desenho animado e outras bobeirinhas. Tah, o fato eh que ... Abre parêntesis<> Fecha. ... comecei a pensar que eu não sou o que pensei-sonhei- que seria. Jah falei disso. Mas também não sei se um dia vou ser o que espero. 
Não tenho muitas lembranças da minha infância, como o Russ, do filme. Pergunto-me se hah algo que eu não queira me lembrar ou se simplesmente minha infância foi realmente pouco significativa. Mas, o que sei são dos meus sonhos. Sempre pensei em tudo. Na minha casa, meu marido (pq ateh então tinha certeza que ele aconteceria), filhos, faculdade, profissão, viagens... deu pra entender, neh> Enfim, ¿mas quem eh o que sonhou ser quando era criança>¿ falou uma mocinha no filme. Não sei. 
Ah! Eu estou lutando pra ser algumas coisas que sonho em ser. Não eh mais como antigamente que queria ser veterinária e comprar um haras cheio de cavalos árabes. Hj luto pra ter meu espaço, pra nele conseguir as coisas maiores, como poder fazer filmes. Parece simples ateh. Já não espero que as coisas aconteçam ao lado do meu marido. Não espero mais. Tenho travado uma lutra na minha cabeça pra poder acreditar que consigo as coisas pra mim. Acho que estou dando voltas nesse discurso. Talvez pq realmente me perdi da intenção inicial que era falar sobre o filme. 
Bem, queria falar que não sei o que diria à Pequena-Milena se pudesse falar com ela hj, mas temo o que ela diria pra mim. Ia me fazer lembrar de coisas esquecidas há muito. Ufa! Ainda bem (nesse sentido) que a vida não eh um filme. 
Na verdade, acabo de mentir. Não acho que ¿ainda bem¿. 
Como jah me perdi do filme, não vou mais tentar achar o fio da meada. 

Uma pessoa muito especial me falou que ando muito triste ultimamente. Não sei ateh que ponto posso desmenti-la. Tenho vários motivos pra ser uma pessoa bacana, feliz. E eh realmente esse papel que desenvolvo a maior parte do tempo. Mas, as vezes, quando olho pra Milena-Adulta, vejo-a como uma coisinha insegura, pequena, vazia. Por mais que não seja isso o que as pessoas vejam em mim. Quando me olho, lah dentro, no quarto escuro, encontro-me encolhida. Como naquele clime da Cássia Eller, Malandragem, a primeira versão, uma menininha de saia, no canto da sala, de meias compridas e saias. Eh, daí eu descubro que esse tempo jah passou. Que agora eh o momento de ¿encarar de frente, eh o que temos a fazer¿. E tento. Uhhh!!! Tento. E então me sinto um fracasso. Eh ai que volta o filme. Um ser forte por fora que passa a idéia de ser suucesso e que se vê como um fracasso. 

Fiquei muito preocupada com meu pai ontem. Pela primeira vez eu o ouvi falar em morrer de forma seria. Ele sempre esbraveja sobre o que vai ser de nos se ele tiver um tro`co e tals, mas ontem ele estava deprimido, jogado no sofá e falou que esse desanimo acontece quando se estah chegando ao fim. Resultado> choro imediato. Meu, fiquei muito abalada ao ouvir falando daquela maneira. Por mais que tenha todo tipo de problemas com meu pai, que nunca tivemos muita afinidade, nunca consegui vê-lo como uma pessoa de verade como ontem. Como alguém que tem seus baixos... Estranhíssimo... Eu que sempre pensei que poucas coisas o abalassem, ontem ele estava ruim sem um grande porque. 

Mas, não estou triste hj. Eh apenas mais um domingo. Estou tentando fazer um trabalho sobre Arte Afro-Brasileira e tah um pouco complicado. Sinto falto do T que foi viajar. Amanha volta o trabalho e a semana. Ótimo, realmente feliz pelas coisas continuarem. Soh naum sei o que vem mais. Mas, quem sabe> Ninguém, não eh mesmo? (achei o ponto de interrogação!) E Todos coiontinuam. Admirável mundo velho. Admirável conmtinuar a ser mesmo sem se saber quem se eh. Admirável. 

Novos planos: montar ¿Vestido de Noiva¿ com o pessoal da sala e ir a Castro no próximo mês. Auto-escola em breve. E festa à fantasia de uma amiga no próximo sábado. Pq continuo a fazer meus planos? Pq quero continuar a viver, e essa eh a única maneira que sei continuar. Continuar... 

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Quinta-feira, Maio 15, 2003


Foto da minha turma do Cefet. Não estou aí... hehehe 


(tirei a tal foto em 04/10/2004 por falta de espaço...)
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Acho que vou comecar a usar meu blog... 
ai... 
"layer" "new file" "ctrl+a" "nao vai mais ter aula de passo a passo de photoshop" 
Poxa! Estava no meio de um pensamento, e a aula me atrapalhou... Nao sei o que é mais importante, também... 
Tento escrever um pouco mais tarde... 

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Ontem meu amigo (Felipe, do Cefet) salvou meus arquivos da perdiçao e ainda conseguiu adicionar os comentários no template. Tá certo que, pelo visto, esse blog é ainda menos vsitado do que imaginei, mas tudo bem, me deixa com um pouco de liberdade e coragem... 
Ontem também fiquei feliz pelos "avanços" no campo pessoal (se é que pode ser chamado disso). Estou aprendendo coisas novas no trabalho e, bem, vivendo... 
Nào dá pra escrever muito pq estou na minha aula de Desenho, apesar de não parecer. 
Ah... que contradiçao, queria um lugar para escrever sem restricoes, mas tambem queria tanto ver novos comentarios... "aha! São coisas da vidaaahhhaaaa"!! 

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Quarta-feira, Maio 14, 2003


Muitissimo preocupada com meu futuro conjugal. Tá, nao sou casada, mas já eu pra entender, né? 
Ultimamente ando me policiando no que vou escrever, pq soube de algumas pessoas que leem meu blog. É, nao sao muitas mas nao sou mais soh eu e o Paulo. Agora fico um pouco timida de escrever aqui coisas mais pessoais. É claro que vou continuar expondo meus pontos de vista e as minhas duvidas, reflexoes e tals, mas, por exemplo, estou muito preocupada com meu namoro, como falei, mas nao me sinto a vontade pra escrever aqui. E a ideia era eu expor tudo o que achasse significativo. E, bem, isso é até mais que significativo. Meu namoro nao é um passa tempo, sei lá, eu amo o T. (vamos mante-lo semi-incognito pra ele nao ficar chateado, afinal, o blog é meu e nao dele, coitado, nao posso expo-lo assim...), e estou meio "assim" com o rumo doas coisas... 
Xiii!!! Falei que queria falar mas nao ia. Ainda bem que me controlei a tempo. Ufa! 
Tá, mas já deu pra saber que ainda nao estou 100%, isso pq nao contei a quantas anda meu novo trabalho. Mas, tirando uma dona-moca, as coisas estao caminhando... acho que gostam de mim lá. 
Queria escrever mais, mas preciso fazer algumas coisas antes de voltar pro Cefte de volta. ainda tem aula hj... 

Ah! Vou deixar meu e-mail aqui. Se alguem tiver a solucao para o problema dos meus comentarios e arquivos, por favor, me avise em milena_faria@yahoo.com!! 


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Sábado, Maio 10, 2003


Andei pensando: acho que assutei todo mundo ontem. Todo mundo também é coisa demais, deve haver umas duas pessoas no máximo que leem esse blog. Mas, quem sabe eu possa me preocupar com o que vcs dois leem aqui e possa me retratar: nao quero me retratar. Importo-me com o que vcs pensam de mim, mas nao posso deixar de dizer o que estou pensando nos momentos críticos da minha vida. A verdade é que somos "medo e desejo somos feitos de segredo e luz", somos eternamente contraditórios, como já diria Machado de Assis. Eu sou contraditório e não pense que vc também não é. Somos feitos da mesma matéria dos sonhos (palavras de William Shakespeare, se nao me engano) e eu acrescento, dos pesadelos também. E há algo mais viciante e ilusório do que os sonhos?? É por caua deles que vivemos e por causa dele que sofremos também. A vida é mais do que filmes, trabalhos, faculdades e coisas da terra. Ela é o que sonhamos todos os dias, é o que planejamos pra nós e o que acreditamos que podemos fazer por nós e pelos outros. Ah! Bem! Nem sei o que é a vida. Sei que eu quero muitas coisas pra mim e é por isso que 'as vezes fico caída, porque não consigo fazer o que esperei fazer, porque nao sou quem eu achei que seria. Tá certo que só tenho 20 anos e ainda tenho muito tempo para "ser". Afinal, nunca seremos algo fixo, estanque, somos mistura, yang e iyn, somos mutantes, curvos, adaptáveis... 
Ixi... nem ia falar tanto agora, só ia dizer que estou um pouco melhor agora. Cheia de medos pelo que vem por aí, mas otimista por fazer parte do palco, por estar com a bola da vez, por estar treinando para jogar a melhor partida de todos os tempos. Porque eu sou a protagonista da minha vida, eu brilho, eu sou a pessoa mais importante na minha peça e isso é tanto!!!! 
Consegui até sorrir agora!!! 
"Estreando: Milena Emilião em 'Divagações Sobre a Vida (dela)' "
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Fico lendo o blog de outras pessoas pra ver se algumas elas sofrem das mesmas coisas que eu. Mas, nao acho. Ou, não ME acho. Não sei o que fazer comigo e acabo deixando os outros fazerem o que quiserem. Eu sei que EU posso fazer algo, mas a resposta não vem tão rápido assim. Sempre achei que a vida se dividia entre bom e ruim, certo e errado e que pra tudo havia sempre dois caminhos, duas vias. O problema é que não consigo pensar mais assim. Não é pensar, é viver. A vida mostra que nem sempre ou é 8 ou é 80 e que o 44 é mais difícil do que se pode supor. 
Em breve as coisas vão mudar, mas não sei o que essa mudança vai significar. A verdade é que eu faço com que muitas pessoas sofram, e não importa o que elas digam, eu sou a responsável. Só que não faço aquilo que gostaria. Sou, muito provavalmente, uma grande incapaz. Ou, é assim que me sinto agora, 'a 1 e 44 da madrgada gelada de sábado. "Vejo os pombos no asfalto, eles sabem voar alto, mas insistem em catar as migalhas do chão. Eu sinto tanto, eu sinto muito, eu nada sinto. (...) Mas hj eu só quero chorar, como um poeta do passado, e fumar o meu cigarro na falta de absinto." Leiam isso ouvindo um velho blues. Daqueles bem melancólicos e chorem. Chorem toda a tristeza do mundo, pq apenas nós (e podem perder as velhas ilusões), apenas nós podemos carregar as nossas grandes tristezas. Não há quem possa levá-las por vc. Ou, se há, não cvarrega. Pq só nós podemos suportar de uma maneira extraordinária, todos os dias, a dor de estar perdido no mundo. E se existe um fardo próprio, uma sentença destinada, é isso. Estar vivo é um grande o que? Quem sabe um dia eu descubra e venha aqui colocar a MINHA resposta. A minha, pq ela não vai ser de mais ninguém. "Se ela me deixou a dor, é minha só não é de mais ninguém, a todos eu devolvo a dó, eu tenho a minha dor. Se ela preferiu ficar sozinha..." Desculpem o pessimismo do momento, se pudesse escolher, teria os momentos UP em maior quantidade e qualidade, mas não posso. Essa é a minha vida. E tá doendo agora. A Náusea voltou de novo. Queria encontrar um responsável por tudo isso pra eu reclamálo no Procon por propaganda enganosa. Nem tudo está perdido, mas não vivemos num set de filme dos anos 40, e isso dói. 


Relendo essas coisas antes de postar, exitei. Desculpem-me meninos, essa é a Milena. Amanhã aquela outra figuraça volta, junto com a minha voz (que há dois dias foi comprar uma coca na padaria e até agora não voltou). 
No fundo, eu sei. 




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Terça-feira, Maio 06, 2003


Morrendo de fome. 
Minha barriga está se contorcendo por dentro, mas ela vai ter que esperar. 
Estou no Cefet. 
Meu primeiro dia de trabalho. 
Estou com aquele maldito sentimento novamente. 
Odeio as coisas novas. 
Estou insegura. 
Queria estar em casa agora: pra comer e pra ficar comigo. 
Nao acredito que ainda tenho aulas hoje. 
É difícil.
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Sexta-feira, Maio 02, 2003


Estou particularmente sensível hj. Acabando de chorar por causa de uma reportagem que vi no jornal. Não sei o que está me dando. ¿Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar...¿ É bem isso! Poxa, mas essa reportagem foi horrível: era uma dessas cenas trágicas em que um trator vai derrubar casas construídas em locais invadidos. Porém, dessa vez, o ¿cara¿ do trator não conseguiu seu mais um qualquer e virou protagonista da tragédia. Ta, acho que todos viram essa matéria, então vou pular as narrativas. Só quero dizer que fiquei muito mal por toda aquela situação. É claro que se eu fosse dona de um terreno, não ia achar emocionante que pessoas invadissem minha propriedade e lá ficassem. E, também não consigo imaginar o que levou (malandragem ou ignorância) aquela família a construir uma casa ali, mas, quando se enxerga por nenhum dos lados, mas sim com os olhos do tratorista, ouvindo o choro de uma família ... meu, não dá! Eu fiquei mal. O cara não conseguiu derrubar tudo e quase foi preso por estar desrespeitando um mandato judicial. Sei lá. As vezes eu fico fechada no meu pequeno mundo, com os meus pequenos problemas, e não consigo enxergar essas coisas da vida. Me sinto tão pequena às vezes. 
Estou com ¿a náusea¿ do Sartre. Ando assim, incomodada, há algus dias. É um não ser sendo. Uma falta de lugar no mundo, um não saber para onde ir direito, e saber que se está indo. Ta, minha cabeça é meio perturbada mesmo (penso naquelas pessoas que talvez leiam meu blog e não me conheçam muito, devem pensar ¿essa Milena não é normal...¿, mas, até pareço como um ser ¿normal¿, o meu problema é tentar explicar o que passa dentro da minha cachola... esse é o meu grande defeito!)!!! 

Tenho que contar minha mais nova conquista. Minha não. Eu não acho, pelo menos. Bem, quarta uma amiga me ligou pra eu ir a uma entrevista hj no Banco do Brasil pra trabalhor com nem eu sabia direito. Fui lá hj sem saber quase nada, enfrentei uma entrevista com dois respeitáveis senhores, que falaram ¿então, está contratada!¿! 
Estranhíssimo. Fiquei altamente nervosa pq acho que não queria trabalhar (no fundo, no fundo). Estava com outros planos escolares e pessoais. 
É problemático isso, estou com 20 anos e é hora de começar a ter atitudes de adulta, mas isso requer certas concessões, e não estava preparada pra isso. Mas, andei pensando: nunca ninguém está preparado pra mudanças, as coisas acontecem e cabe a cada um decidir como lidar com elas: se quer mudar, crescer, ou se escolhe ficar lamentando e choramingando. A verdade é que nunca gostei de mudanças, até as menores delas sempre foram preteridas. Tipo, sempre sentei no mesmo lugar na sala de aula, no ônibus, organizei meus cadernos e agendas do mesmo jeito. (ta, já deu pra entender) Andei pensando no porquê disso e descobri ao menos um motivo: a Poliana! É! Ainda não falei dela aqui pq estou aplicando uma outra filosofia de vida longe das idéias dela. 
Vamos abrir um parêntesis gigante: a Poliana é a personagem titulo de um livro que muita gente leu quando tinha uns 12 anos! Eu, quando estava na quinta série. E, dali por diante, acreditava que aquela era uma ótima maneira de viver. Aquela qual? Já ia esquecer de explicar: a Poliana era uma menina órfã de pai e mãe que foi morar com um a tia bem chata quando ficou só. O seu pai era missionário e eles viviam de doações. Certa vez, ela acreditara que receberia uma boneca, mas, ao invés dela, o que veio foi um par de muletas. Decepcionada e abatida, seu pai foi consola-la com o que chamaram de JOGO DO CONTENTE. Ele disse: ¿Não fique triste, querida, vc não recebeu a sua boneca, mas alegre-se por não precisar usar as muletas¿ E assim ela foi vivendo, encarando as coisas tristes da vida de uma maneira positiva, por acreditar que elas não são tão ruins assim. Bem, a historia continua, mas estou com preguiça de contar agora. Não se preocupem, o essencial já foi contado. 
Ta, como disse, também vivi boa parte da minha vida como Poliana, até que enxerguei que a vida não é um jogo do contente. Que as coisas estão ruins e só e não é para aprendermos coisas, pois poderia ficar pior. Exagerei de novo. Podemos sim aprender coisas com as coisas ruins, mas a verdade é que quando estamos com nossas dores, nossas náuseas, não importa que tem crianças morrendo de fome na África e que há mulheres que perdem seu clitóris no Afeganistão. É um pensamento egoita? Xiii completamente! Mas é assim que as cabeças funcionam quando detectam algo de errado na alma. Fechado o parêntesis. 
É, assim foi como matei a Poliana. Mas ainda preciso contar o que tudo (nossa!!!) tudo isso tem a ver com minha insegurança em relação às mudanças: ao me contentar com a situação atual, pensava nas mils qualidades e bônus em estar naquilo, pensando nas vantagens, valorizava tanto aquilo que não via um jeito de melhorar, e adiava as mudanças por estar confortada no meu lugar. 
O fato é que estou reavaliando muitas coisas na minha vida, e isso tem sido um processo doloroso. Doloroso pq não é fácil sair de um lugar confortável que vc construiu (ou, muitas vezes, que construíram pra vc) para ali ficar por anos. E, mesmo que na nossa ¿poltrona de estabilidade¿ comece a espetar uma pontinha de mal estar, preferimos ficar ali. Pq? Pq já conhecemos outras posições em que esta espetada não incomode tanto e, sempre tem outras pessoas sentadas nas poltronas vizinhas dizendo para ficar ali mesmo, que essa picadinha logo logo passa, ou vc se acustuma com ela. 
Huummm! Acredito que reescrevi o Mito da Caverna! Que pretenciosa! 

Ai, cansei de falar! Será que fui clara? Ta, é pedir demais pra mim, tentar ser clara, que sou conhecida pela minha prolixidade, mas (ai, já ia me prolongando de novo!)... 

Só quero deixar claro que tudo isso não é uma tese, ou, talvez, é uma tese sobre o nada! Quero dizer que são só pensamentos, pensamentos inconclusos, que não são bula pra ninguém. Como já disse, esse é o meu blog, com coisas da minha cabecinha confusa... 


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Filme do dia: FRIDA! 
"Passeio pelo mundo prestando atenção em coisas que eu não sei o nome, Cores de Almodòvar, Cores de Frida Khalo, Cores..." 
Bom, bem bom! 
Deveria desenvolver meu lado "crítica de filmes" aqui, mas uma preguiça me toma por completo. Preguiça misturada com vontade de falar trivialidades, estou assim. E, como esse é o "meu" blog, posso ficar escrevendo isso. Não tenho compromisso com as pessoas que me lêem pq não prometi nada na comtra-capa desses pensamentos, portanto não preciso comprir (cumprir?) com nenhum compromisso. Tudo isso pra dizer: nada! He! É ótimo sentir muito e nada dizer (minha adaptação pra famosa frase do Fernando Pessoa)! Como se eu conseguisse ficar sem falar nada! Mas, o que quero com tudo isso é fazer um discurso sobre o nada. Já deu pra notar a quantas linhas estou falando sem dizer absolutamente nada!? Que poder de enrolação esse meu! Tá, mas que fique muito claro que eu até tenho o que falar de vez em quando, só que hj estou simplistíssima e sem vontade de ficar argumentando sobre uma coisa que acredito ou deixo de acreditar. Tá, hj é muito tempo. Agora. É, agora fica melhor!
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Problemas com meu blog: 
1) Meus arquivos estão se perdendo, quanto mais escrevo, mais coisas vão pro lixo! 
2) Já cansei de editar meus "comments" e ele nunca funciona de verdade! 
3) Queria mudar o "template" dele, mas não sei se eu fizer isso vou perder todas minhas informações! 

Nossa! Quantos "problemas" e quantas aspas!!!!
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Quinta-feira, Maio 01, 2003


Descoberta boba do dia: tem uma música que cantava em Laços de Família (que confissão: eu assisto novelas do Manuel Carlos!!) que eu achava linda, não sabia de quem era e também nunca mais ouvi. Deu que hj estava colocando músicas novas na minha rádio e lembrei-me dela, e, bem, ela é linda! Fui buscar a letra no Lyrics e descobri que a autoria é do Paralamas, quer dizer, a música é conhecida e antiga e eu fiquei um tempão sem ouvir qualquer uma versão... Bem, coloquei a letra aqui pra vcs conhecerem. A versão bonitona que é a única que conheço é de um cara chamado Lucas Santana. Aí está: 

Mensagem De Amor 

Os livros na estante já não têm mais tanta importância 
Do muito que eu li, do pouco que eu sei 
Nada me resta 

A não ser a vontade de te encontrar 
O motivo eu já nem sei 
Nem que seja só para estar ao seu lado 
Só pra ler no seu rosto 
Uma mensagem de amor 

A noite eu me deito, 
Então escuto a mensagem no ar 
Tambores rufando 
Eu já não tenho nada pra te dar 

A não ser a vontade de te encontrar 
O motivo eu já nem sei 
Nem que seja só para estar ao seu lado 
Só pra ler no seu rosto 
Uma mensagem de amor 

No céu estrelado eu me perco 
Com os pés na terra 
Vagando entre os astros 
Nada me move nem me faz parar 

A não ser a vontade de te encontrar 
O motivo eu já nem sei 
Nem que seja só para estar ao seu lado 
Só pra ler no seu rosto 
Uma mensagem de amor 


Ohhh!!!! Não é um amor?...