sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

2005

Quinta-feira, Fevereiro 24, 2005


Ao Deus Google: 
* Big Brother Brasil 
* Verão, Brasil, praia 
* Tutorial Adobe 
* Receitas 
* Venda de cds e dvds 
* Estude no EUA 
* Cassino virtual 
* Faça você mesmo 
* Últimos capítulos de Senhora do Destino 
* Letras de músicas 
* Download 
* Regimes rápidos 
* Campeonato Brasileiro 
* Juliana Paes pelada 

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número de visitas até a pubicação desse post: 10617 - vamos ver se isso muda agora! 
(risada maléfica!!) 

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Quarta-feira, Fevereiro 23, 2005


O que será que me dá? 
Ou, que me deu? 
Quando ele me deixou, meu bem, me disse pra ser feliz e passar bem. 
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci. 
Esse post será cheio de parágrafos, à pedidos do acadêmico Zeni e em obediência ao monge Baggio. 
Como todo dia, eu fiz tudo sempre igual. Sacudi-me às 10 horas da manhã e não te beijei com minha boca de café, porque você não estava aqui. Só por isso. 
"Acorda, acorda, acorda, acorda." 
Ontem eu dormi com uma sensação de nada. Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. 
Pensava: "Olhos nos olhos, quero ver o que você faz, ao sentir que sem você eu passo bem demais, quero ver como suporta me ver tão feliz." 
Eu que tinha desejado ser como uma tatuagem, que achava que não teria coragem de prosseguir só, não quero mais. 
Não me deu nada. Era isso. Eu não fui afetada, saí ilesa. 
Então, a moça triste que vivia calada sorriu, depois que a banda passou, sem precisar cantar cantigas tristes de amor. 
"Acorda, acorda, acorda, acorda." 
-Meu caro amigo, do que você está falando? 
Tantas águas rolaram. 
-Melena Dos Olhos Dágua, vem ver que a vida ainda vale o sorriso que eu tenho pra te dar. 
Vale. 
Cada sorriso que eu tenho ganhado vale. As dúvidas,diferenças, valem. 
Tinha cá pra mim, que agora enfim eu vivia, enfim, um grande amor. 
Que bom. 
Ai, que vida boa, olare! Ai que vida boa, olará! 
Quem te viu, quem te vê! 

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Segunda-feira, Fevereiro 21, 2005


É um padrão? O que é? Por que vocês não deixam que fiquemos mais de uma semana com um sorriso no rosto? É algum pacto inato entre vocês? Algo pra que são convidados a participar e que nós ficamos de fora? Vocês assinam algum papel no dia em que fazem 17 anos e isso os obriga a não nos deixar felizes por muito tempo? Por que ficam quietos quando tudo o que precisamos é ouvir uma história trivial das suas vidas? Por que falam tanto quando tudo o que queremos é um abraço apertado e um momento de certeza da eternidade? Por que vocês juram amor com um beijo no rosto? Por que não são capazes de entender o peso que é ser? É um padrão? Ou não sabem que não têm obrigação nenhuma de nos encontrar? Ou não sabem que preferimos ficar sós a ter que ficar revirando todas as últimas conversas, os últimos passos, os últimos contos pra descobrir onde foi que os magoamos? Ou não sabem que essas caras de "não quero estar com você hoje" é mais ofensiva que uma ausência declarada? E, se não há nada, por que vocês não dizem? Por que apenas abanam a cabeça e nos olham de canto de olho? Por que não podem avisar na chegada que o dia não está bom e que vocês preferem não falar hoje, mas que, ainda assim gostariam muito da nossa muda presença? Se for um padrão, eu sou uma eremita. Se for um pacto, eu não quero mais brincar. Se vocês não sabem do que estou falando, isso só prova o quão cegos e egoístas todos vocês são o tempo todo. Eu não gosto de me sentir assim. Não gosto mesmo. Não gosto de achar que eu fiz algo errado, que falei o que não devia ou que deixei de ser especial de um dia para o outro. É o tipo de coisa que eu não suporto e que eu não sentia nem um pouco de falta antes de você. Eu não quero isso. Não suportaria isso de novo. Eu não quero chorar por achar que aquele é o último olhar que recebo teu. Eu não sei gostar disso, não sei ficar insegura. E, por que, depois de tudo, eu ainda vou verificar se o telefone está no gancho, se o celular está ligado, se não tem nenhum email novo? Sinal de que quem criou e ensinou esse ritual pra vocês estava com toda razão. E que se dane o que estou escrevendo aqui. Eu estou puta e amanhã passa. 

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Sábado, Fevereiro 19, 2005


Onde você vai ficar você não sabe. Porque gosta de tudo nesse mundo, gosta de gostar e gosta de não gostar também. Gosta de atuar, mas acha tudo muito clichê. Gosta de poder mudar, mas se cansa de crescer sua voz entre tantas, de ficar rouca e morrer com os surdos. Gosta de estar externa, de só olhar, de mostrar como é que você enxerga tudo, mas se remói por com o não poder estar agindo. Você é opinativa, é agente e se esconde atrás de uma mão cheia de dedos que não tapam suas posições, não tapam suas piscadelas, seus bicos e sorrisos. Você queria usar o telefone todas as vezes que tem vontade. Queria dizer tudo de uma vez. Você queria saber muito mais do que é sabido e por isso não fica em lugar nenhum. 
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E ela que sempre disse que gostava de ficar só, confessa: quando não está com ele, deseja freqüentemente que ele apareça de repente. Ela está feliz, grudenta e pedante. Ah! Uma amiga com nome parecido acrescentou: você está insuportável. 
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Coloquei um link pro II PUTZ (festival de cinema e vídeo universitário de curitiba) ali do lado. Acessem, leiam o regulamento, enviem vídeos e, principalmente, ajudem a divulgar! 
Incrições até 18 de março. O festival é entre os dias 05 e 08 de abril. 
(no site: www.putz.ufpr.br entrem em "putz 2004" e no final da página tem o vídeo que eu e a Mila fizemos "fama, glória e dinheiro"!) 

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Quinta-feira, Fevereiro 17, 2005


A pegunta é: COMO ALGUMAS COISAS PODEM SER TÃO IRRITANTES SENDO TÃO PEQUENAS? 
Eu? Não, apesar dos comentarios sobre a supervalorização dos meus 1m62, não estou me referindo a mim. Nem à minha mãe que conseguiu não chegar a 1m50! 
Mas, por que tem vezes que se chega em casa com tudo bem tranquilo e sorridente e num minuto parece que todas as pessoas a sua volta são infinitamente irritantes? Parece que o boa noite é uma ironia e uma pergunta sobre como foi seu dia é uma tentativa deliberada de infiltração na sua vida particular? As vezes algumas coisas irritam tanto que você não entende como consegue escrever ainda.
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Quarta-feira, Fevereiro 16, 2005


Ela chegou em casa com o corpo pedindo cama. Deitou no sofá e ligou a televisão. Porque o nariz coçava, e provavelmente só por isso, levou a mão recém-chegada da rua ao rosto, e lá descobriu o oposto da solidão. Sabia que o cansaço no seu corpo, a mente vazia, os lábios inchados, e essas sensações raras eram por culpa disso. Sabia que não estar mais só ia trazer muitos acompanhantes, mas não estava preparada pro cheiro dele. Tinha outro cheiro que não o dela em sua mão. Não estava nos ombros, no peito, nos braços ou pernas, não nela. Estava na mão, em apenas uma delas. O mesmo cheiro que sentiu quando o abraçou, o mesmo que sentiu no pescoço, na nuca, na orelha, o mesmo cheiro. Foi fatalista e acreditou que era um pouco dele pra ela levar pra casa, pra fazê-la dormir. Não dormiu. Ficou na sala, pensando na dor no seu corpo, na ausência bem quista, na alegria que rodeava a casa, que passava pelos fios de luz e inundava a tela da televisão como em uma festa de carnaval. Quando ela acordou no outro dia, sem lembrar que tinha dormido, cheirou os dedos limpos com sabão neutro. Virou para o lado, com um princípio de incerteza. Queria lamentar, queria dormir, queria voltar. O telefone tocou. Não fez nada que queria até atendê-lo. Sorriu, de novo.
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Segunda-feira, Fevereiro 14, 2005


A saudade é um ser estranho, é uma estrada longa, é um bicho bobo. Ela envelhece como os homens, fica fraca com o tempo, perde o equilíbrio nas pernas e cai. Não existe saudade eterna. Existe saudade um minuto depois de desligar o telefone, da despedida no portão, do tchauzinho com a mão quando já se está longe. Essa é a maior. É quando se entende que a presença que enchia o ambiente desapareceu e tudo esvaziou-se. Então, começa a deseja com toda intensidade que o tempo volte e que possa aproveitar um pouco mais a inspiração do seu samba triste, da sua canção de amor, do sorriso do seu rosto, do brilho nos dentes. Passam-se dias e o que sobra é uma lembrança da saudade do minuto seguinte, lembrança do minuto anterior, de quando havia e de quando passou a não existir. A saudade é como a Suzana Vieira que aos 62 anos desfila no carnaval como rainha da bateria. Ela faz operações plásticas e toma viagra pra poder agir naqueles que já haviam passado por sua vida. Ela reaparece depois de muito tempo, invade os sonhos e faz que aquele minuto M renasça perfeito, como um bebê chorão que ainda não perdeu o cordão umbilical. A saudade não é eterna, mas demora pra dar o último suspiro. Ela não se deixa fotografar, não dá entrevista pra Caras e não assume seu amor pelo pai ausente. A saudade é um código, um dialeto perdido, uma marca de nascença, uma unha encravada. 
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Quinta-feira, Fevereiro 10, 2005


Então é isto: não volto pra Curitiba. Nunca mais. Há! Ou, pelo menos até sexta, que é mais que o prazo máximo. Praia tem seus limites... sol, mar, sol, chuva, sol, milena-rosa, sol, areia, sol... tá, entenderam... e, como tenho tempo demais pra pensar na vida mas nunca tem um papel e uma caneta por perto, esse ainda não é um post descente. Huummm... tempo demais pra pensar na vida... ou, que mais as pessoas fazem na praia, com os pais muito perto e mais uma penca de crianças? Eu penso na vida! 
Bem, bem, pagando pra usar internet... isso me deixa meio nervosa olhando o cronometro correr aqui em cima... Bem, um dia eu volto... uma bandinha aí disse que "todo carnaval tem seu fim"... vamos ver se o meu acaba logo... (como é mesmo o nome desses carinhas, hein?:]) Hasta luego! (porque em Porto Belo tem muito argentino!)
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Sexta-feira, Fevereiro 04, 2005


Eu estava sentada querendo escrever. Amanhã eu viajo e queria deixar algo pros que, como eu, nunca - quase nunca - saem de Curitiba e sempre procuram algo novo na net. Queria. Mas minha casa está cheia de amigos do meu irmão, tá passando seriado que eu gosto na tv, eu estou agitada e procurando algo pra escrever. Isso nunca funciona. Preciso desenvolver um método, uma disciplina, algo que me faça capaz de escrever boas coisas sem depender de um espírito inspirador. Talvez eu tenha que ler mais. Eu tenho. Eu tenho que aprender a ser mais direta e mais sincera. Eu quero deixar escrito aqui - em todos esses dias do carnaval, em que provavelmente não haverá atualização - que hoje eu vou dormir muito feliz. Ontem eu escrevi um texto e guardei pra publicar hoje. Tava triste e reclamando porque não estava conseguindo chorar. Eu não queria, mas sentia que precisava, que ia me aliviar. Passei dois ou três dias cuspindo fogo com todo mundo, me sensibilizando por nada, igualzinho a uma mulher grávida. Escrevi, gritei com o mund lá, guardei e não precisei publicar. Maravilha! Eu hoje não tenho nada bonito pra escrever, mas estou felizona. Felizona e ainda vou pra praia! Maravilha2! Estou me enrolando pra dormir e descobri um cheiro na minha pele. Que coisa! Sem detalhes adicionais, apenas: maravilha3! Com muita sorte, antes de eu pegar o ônibus, sai alguma coisa boa de ler além da parte "meu querido diário, hoje o dia foi ótimo blablabla..." Sem promessas, mas cheio de boas intenções!
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Quarta-feira, Fevereiro 02, 2005


Eu não sei escrever sobre outras pessoas. Não sei criar vidas, nomes, histórias, vontades. Não sei o que é ser outra pessoa que não seja eu. Tudo no mundo passa por um filtro. Eu não sei não ser egoísta, não sei ser criativa, não sei ter boa vontade, não sei inovar. Eu escrevo sempre sobre mim ou sobre o que eu deveria, gostaria ou poderia ser. É sempre uma faceta do meu caráter, conhecida ou não. Sempre vai existir um EU. Sempre vou estar dentro. Não posso parar de pensar como eu. É como se só fosse eu no mundo, o personagem principal, e todo o resto fosse criado pra viver a minha vida. Composições paralelas pra me ajudar a ser eu. Eu não tenho outra lógica além da minha ou outra maneira de sentir além da minha. Eu queria poder falar dos outros. Queria descrever sensações que não vivi, entender pensamentos que não foram meus, dizer frases que nunca falaria. Eu queria poder entender outras vias, contar outras histórias, ser, por um momento, um ímã. Queria ser sensível, inteiramente capaz de sentir o mundo. 

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Terça-feira, Fevereiro 01, 2005


Você sorri e me beija, depois me abraça por inteiro e faz com que eu sinta que estar com você é o momento mais precioso do meu dia. Então, respira fundo. Se eu fosse forte e grande e ágil, segurava você naquele momento e impedia que aquelas palavras viessem ao mundo. Tomava fôlego com você e te beijava. Fazia você entender o que estava sentindo ali. Mas não sou grande nem forte nem ágil e as palavras vêm. "Você sabe que isso...". Eu sei. Eu vejo você me afastando com suas palavras e me prendendo com seus afagos. Eu sei que há muitas chances de toda essa combinação não funcionar mas eu não sei se é isso que você quer. Eu não sei o que você quer. Quer que eu me vá junto com as horas? Quer que eu me vá da sua boca e termine no mundoamaldiçoadodascoisaspronunciadas? Eu não quero. Eu... você sabe que apesar do histórico, do lógico, do visível, eu quero poder tirar um cochilo no fim da tarde e acordar com você ao meu lado, quieto e sorridente? Eu quero te assustar ao publicar nossos atos e receber cada telefonema pedindo explicações. Quero saber o que você quer, mesmo sem saber. Eu quero exagerar nos sentimentos e perder meu medo de você. Só isso.