domingo, 20 de dezembro de 2009
Psyco
sábado, 21 de novembro de 2009
Ausência constante
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
The origin of love
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Vai passar nessa avenida
domingo, 20 de setembro de 2009
Come on home
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Adeus você
Separar muitas vezes é o melhor modo de se manter um pouco de dignidade. Você tem que deixar ir embora porque de qualquer jeito vai dar errado. É o que o carinha faz no filme. É o que a gente tem que fazer na vida. Tem que deixar ir embora o que te faz mal. Cortar totalmente. Assim como se corta o McDonalds da dieta quando o colesterol está alto demais e prestes a nos fazer explodir.
Uma banda que eu amo também já disse isso.
Mas tem gente que não aprende mesmo, né?
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Prognóstico
sábado, 15 de agosto de 2009
Tudo como sempre
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Cuide de você
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Atestado
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Migalhas sobre a mesa
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Meu meu meu
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Estou bem
domingo, 5 de julho de 2009
Dias intermináveis
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Raiou o sol
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Uma coca light, por favor
domingo, 21 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Apenas uma história de amor
Ele tinha uma certeza ímpar de que o que sentia era verdadeiro. Nada mudaria a maneira como ele via o seu próprio passado. Muitas vezes se encontrava sonhando sobre aquilo que ele acreditava ser uma única união. A intensidade com que se amaram o distanciava de qualquer personagem tolo de histórias de amor. Foi a indiferença e o silêncio que ela insistia em promover que o fez olhar entorno de si. Eles foram feitos do mesmo material que todos os outros romances impossíveis e inventados. Nada do que viveram foi singular, ele admitiu. Nesse exato momento, se deu conta, ela devia estar experimentando em outro todas as palavras que já testou nele. “Você se encaixa tão bem em mim”. “Sinto tanto sua falta, isso definitivamente significa algo”. “Quando penso em família, penso em você”. As lágrimas deveriam ser as mesmas, os sorrisos também. Daí, nasce mais uma nova e velha história de amor. Eles não foram extraordinários, não há nada de especial no insucesso deles, não há por que sonhar que ela seja única, insubstituível. Agora, só a certeza ímpar de que todas as histórias de amor são feitas apenas de fé. E a dele não existia mais. Nele, não existia mais amor algum.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Hoje, eu entrei no mundo adulto
sábado, 30 de maio de 2009
Você é o meu erro
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Barriga cheia
terça-feira, 12 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Um texto bonitinho
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Não me diga
quinta-feira, 30 de abril de 2009
If only...
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Acaba?
Quando me pediram a crônica, pensei logo numa que escrevi há uns anos e que repercutiu, O AMOR NÃO ACABA, uma resposta otimista e apaixonada [não muito convicta, confesso] à famosa crônica O AMOR ACABA, de Paulo Mendes Campos, que foi citada enquanto eu levava um surpreendente, desesperador, aviltante, torpe e indigno pé-na-bunda. O paradoxo dos paradoxos aconteceria se ELA aparecesse e comprasse o quadro!!!
Diz o original de Mendes Campos: "O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos..."
Cá está minha versão resumida, para caber numa lauda:
O amor não acaba
O amor acaba? O cara disse. Numa esquina, num domingo, depois do teatro e do silêncio, na insônia, nas sorveterias, como se lhe faltasse energia. Ele não volta? Não deixa rastro ou renasce? Na esquina em que se beijaram uma vez, lá está, na sombra apagada pela luz, na poeira suspensa, na revolta da memória inconformada. Na solidão, lá vem ele, volta, com lamento, um quase desespero, e penso nos planos perdidos, que vida sem sentido... Na insônia, o amor cai como uma tonelada de lápide, e se eu tivesse feito diferente, e se eu tivesse sido paciente, e se eu tivesse insistido, suportado, indicado, transformado, reagido, escutado, abraçado? Na sorveteria, ele volta, o amor, em lembranças. Porque aquele sabor era o preferido dela, aquela cobertura era a preferida dela, aquela sorveteria era a preferida dela, aquela esquina, aquele bairro, aquele clima, aquela lua, aquele mês, aquela temperatura, aquela raça de cachorro, aquele programa de fim de tarde e aquele horário sem planos... No elevador, quantas saudades daqueles segundos em silêncio, presos na caixa blindada, vigiados por câmeras camufladas, loucos para se agarrarem, rirem, apertarem todos os botões, tirarem a roupa, escreverem ao lado do Atlasado: “Eu te amo”. Saudades é amor. Não se tem saudades do que não se amou. O amor não acaba, porque tenho saudades, me lembro dela, me preocupo com ela, torço por ela, e se sonho com ela, meu dia está feito. O amor não pode acabar, porque sem ela ou sem a esperança de revê-la, até a chance de tê-la de volta, não vejo a paz. Ela é uma trégua na minha guerra pessoal contra a minha paixão por ela. Amá-la me faz bem. Mesmo que ela não me ame, amo amá-la. Continuei amando desde o dia em que terminou. Passei meses amando como se não tivesse acabado. Ficaria anos amando mesmo se não tivesse voltado. O amor não acaba, muda. O amor não será, é. O amor está. Foi. Nas tantas músicas que ouvimos, que dançamos colados, trilhas das noites frias em que você sentava em mim nua, enquanto os meus braços imobilizavam os seus. Amor. O não-amor é o vazio. O antiamor também é amor. Eu te amava quando você respirava no meu ouvido. Lembra do meu dedo dentro de você? Amo-te, amo-te, amo-te. Instante secreto, sua boca incha, seus olhos apertam, suas unhas me arranham e você diz: Eu te amo! O amor acabou quando você se foi? Você sentiu saudades das minhas paredes, das cores das minhas camisas, da umidade da minha boca, do cheirinho do meu travesseiro, da minha torrada com mel, das noites pelados assistindo à tevê, dos vinhos entornados no lençol, do café da manhã com jornal, você sentiu falta de atravessar a avenida comigo de mãos dadas, de correr da chuva, de eu te indicar um livro, do cinema gelado em que vimos o filme sem fim, torcendo para acabar logo e ficarmos a sós, você sentiu falta da minha risada, inconveniência, de eu ser seu amante, noivo, amigo e marido, dos meus olhos te espiando, dos meus dentes mordendo e mastigando, ficou tanto tempo longe e pensou em nós especialmente bêbada ou louca, queria me ligar, me escrever, meu cheiro aparecia de repente, meu vulto estava sempre ali, acaba? Diz que acaba. Como acaba? Não acaba. Diz, não acaba. Repete. Falei? Não acaba. Pode virar amor não-correspondido. Pode ser amor com ódio, paixão com amor. Tem o amor e o nada. Ah, mais uma coisa. Antes que eu me esqueça. O amor não acaba. Vira. Se acabar, não era amor.
Será?
sábado, 25 de abril de 2009
Odeio você
quarta-feira, 15 de abril de 2009
abril de 2009
Quarta-feira, Abril 15, 2009
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Eu não sei escrever sobre outras pessoas. Não sei criar vidas, nomes, histórias, vontades. Não sei o que é ser outra pessoa que não seja eu. Eu não sei não ser egoísta, não sei ser criativa, não sei ter boa vontade, não sei inovar. É sempre sobre mim. Eu é que importo agora. E antes. Se não sou eu, é quem eu deveria, gostaria ou poderia ser. Sempre vai existir um eu, alguma eu que está aqui. Sempre vou estar dentro. Não posso parar de pensar como eu. É como se só fosse eu no mundo, o personagem principal. "Malkovich, Malkovich." Composições paralelas pra me ajudar a ser eu. Eu não tenho outra lógica além da minha ou outra maneira de sentir além de mim. Eu queria poder falar dos outros. Queria descrever sensações que não vivi, entender pensamentos que não foram meus, dizer frases que nunca falei, amar outras pessoas, ser você. Eu queria poder entender outros jeitos, contar outras histórias, ser, por um momento, um ímã. Queria ser sensível, inteiramente capaz de sentir o mundo. Mas eu não sei escrever histórias. Eu não sei ser nada além de uma parte de mim.
Milena 23:13
--------->comenta, vai: 1
Quando eu to acordada, só penso na hora de dormir.
E quando eu durmo, nunca mais quero acordar.
Mas, às vezes, na hora que é a de dormir, o cérebro decide pegar um ônibus leito e ir parar em lugares esquecidos durante o dia, e não volta mais. Daí o sono toma um cafezinho, vai dar um tempo na sala de estar, pensa que pode voltar três horas depois porque ninguém tá sentindo a falta dele. Engano, Sr. Sono, pode voltar aqui. Traz com ele o meu cérebro, as minhas idéias e pode deixar as memórias que você recordou. Aqui é a Terra das Oportunidades, o lugar de suar, onde os fracos realmente não têm vez. Volta, sono, volta, voolta, volta... volt... vo... o... ooooo... ...
...
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Milena 00:28
Domingo, Abril 05, 2009
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Aprendi hoje que sair com pessoas que não conheço bem e que tinha medo de ter que apelar pro meu caderninho sos para falta de assuntos, aprendi hoje que esses momentos podem ser bem divertidos, sinceros e bonitos. Obrigada, Gal, obrigada, Luis. Seguindo a Escola Camila-Fernando de Recepção de estrangeiros, vocês me fizeram me sentir em casa nessa cidade tão chuvosa. Hoje, vou passar um domingo a noite embriagada de vinho bom e pizza de metro. Melhor mesmo, só se não voltasse pra casa vazia. Mas, obrigada!
Milena 22:46
quarta-feira, 11 de março de 2009
março de 2009
Quarta-feira, Março 11, 2009
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Eu ontem, quando te disse para ir embora que eu estava bem, você chorou. Não quis me ouvir e ficou com aquele olhar de quem diz que estou fazendo algo errado. Hoje, por isso, quis te ligar quando o dia me doeu. Mas, você já estava novamente feliz, novamente distante, novamente, ninguém. Burra eu que te amo, burra eu que te dôo. Burra eu. Eu ontem, quando fiquei ao seu lado por toda a tarde, devia ter atendido o chamado do mundo. O mundo sem dor, aquele outro caminho fácil, em que tenho o que preciso, em que recebo o que quero. Eu hoje jogo palavras sem sentido para um blog esquecido, para um leitor qualquer, sozinho no meio de uma quarta de domingo. E se alguém lê, me desculpa, os dias têm sido cinzas, tem sido sem nenhum amor, sem nenhum desejo, cinza, cinza, cinza. Eu ontem não queria mais voltar pros meus quadrinhos em banco e preto, mas você não sabe me pedir pra ficar, não sabe colorir, não quer ter nada meu. Sim, hoje eu não estou feliz, não me esforço pra parecer, quero preocupar meu único leitor esperançoso. Hoje eu quero morfina, quero sono eterno, quero três dias sem nervos.
Milena 22:28
Domingo, Março 01, 2009
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Por que nunca é você do meu lado? Por que é sempre a sua ausência e a sua simplicidade? Eu não quero desistir de você, não mais uma vez. Mas, querido, você nunca está aqui. O meu lado está sempre vazio, os meus domingos são apenas lembranças, suas mensagens não chegam e sua boa-vontade não é o bastante. O que você diz ser esclarecedor ainda não basta. Eu preciso do seu abraço, da sua presença, de compartilhar com você, e não apenas quando você sente minha falta. Eu quero sempre, todos os dias, todas as noites. Mas, meu querido, você não está aqui novamente. E seu lugar não é mais seu, e eu não sou só sua, e você não sabe de nada, porque você não está aqui. Você nunca mais esteve. Não importa que você pense que está.
Milena 21:56
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
fevereiro de 2009
Terça-feira, Fevereiro 03, 2009
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Hoje você deixou de ser meu, deixou de ser querido, deixou de ser. Não imagino o que de melhor você encontrou, mas, se foi. Foi sem tchau e eu agradeci. Não era mais possível fingir que te amava, que sua presença por perto era bem quista. Eu não soube dizer que não te amava e você foi incapaz de ver. Hoje eu deixei de ser sua e espero que você sinta. Não lamento, não peço desculpas, não quero que você se lembre. Para nós, não há mais carinho, não há mais boas memórias, nem pequenos gestos, sorrisos discretos, boas músicas. Para nós, acabou.
Milena 22:14
domingo, 25 de janeiro de 2009
janeiro 2009
Quarta-feira, Janeiro 28, 2009
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Milhões de sentimentos simultâneos. A cabeça a mil e tonta. Dez anos, ou menos. O tempo não passou. Passou, mas é bom sentir que o essencial não muda. O que é importante está lá. E faz sorrir, faz lembrar, desejar, suar, e, por que não, o importante é que o amor está lá. Não o de sempre, não o de filme, o das músicas, está lá o amor do fundo, o carinho eterno, gratuito, cúmplice. Abraços não dados, beijos esquecidos. “Saudades.” “Não some, ta?” “Beijo, linda.”
Milena 22:56
Terça-feira, Janeiro 20, 2009
--------->comenta, vai: 1
Olhando pra ela não era possível imaginar as lágrimas que já tinha derramado. Cry me a river. Ela perdeu o filho que vocês sonharam, que quase tiveram tantas vezes, mas decidiu manter em segredo. Até de você. A cada dia doía menos a sua ausência, as músicas no rádio, os pequenos momentos. Durante o dia, esquecia que você já fez parte da rotina. Não sabia mais o seu número de cor, esqueceu-se do dia do aniversário, do segundo beijo, da combinação dos nomes. Nos pensamentos dela, apenas um lamento, um suspiro, um sorriso triste no canto da boca e muitos novos anseios. Olhando pra ela é impossível acreditar que já te amou.
Milena 18:52
Quinta-feira, Janeiro 15, 2009
Foi em outro que ela pensou quando foi beijada. Inesperadamente, sem nenhum afeto, seu coração parado enquanto os lábios se moviam. E, no pensamento, apenas, a outra imagem, um outro rosto grande e sério. Idiota, imbecil, ingrato, besta, idiota. Idiota. Idiota. Por que ele não está lá? Idiota, idiota, idiota. Ou, por que as sombras dele não desaparecem? Por quê? Por quê? Por quê? Por que apenas não assume que é ela a pessoa certa? Ela sabe. Ele sabe. Por que ele a deixa nos braços de outro enquanto o que ambos querem são os corpos conhecidos? Idiota. Idiota. Ela o ama, desesperadamente, como se essa fosse a única coisa boa que soubesse fazer nessa vida. E beija, abraça, sorri, finge que gosta, finge que curte. Não conhecia a complexidade da vida. Não até hoje. Hoje, ela disfarça, sofre, descobre um corpo longe do desejo. Deseja longe do coração. Para ela, até hoje, só amar era o bastante. Hoje, ela aprendeu a fingir. E a se divertir. Por que não?
Milena 21:41