O primeiro aviso estava lá: uma coca light, por favor. Parecia como todos os dias, mas aquela era uma iniciação para o grande jogo de gente grande. Não gostei. Quem disse que o que vale é o que foi vivido? Eu gosto é dos finais felizes, das resoluções. A espera me arde. Vocês falam como se as coisas mais simples e as mais bonitas fossem experiências. Eu não sou isso. Eu era cheia de vida, cheia de expectativas, de vontades, de sonhos, de medos, de sorrisos e de lágrimas que caem no pior momento no meio de uma conversa séria. Agora já não sei. Um gole de coca para disfarçar. Isso eu aprendi cedo. Mas, não sei fazer de conta, nem vou saber te cumprimentar como se nada entre nós fosse de verdade. Eu entrei nesse jogo com o nó na garganta, com o coração apertado. Isso não é arrependimento, é tristeza. Tristeza ainda não nomeada, o que seria o primeiro passo para a revolução. Nas minhas regras, valem remédios que controlam sentimentos, que colocam pra dormir, que acordam depois do café. Ou da coca light. No seu, não sei. Você não entende meu medo eterno de ficar sozinha. E tudo, pra mim, depende disso.
Rebu, um seriado sapatão no Instagram
Há 5 anos
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