Ele tinha uma certeza ímpar de que o que sentia era verdadeiro. Nada mudaria a maneira como ele via o seu próprio passado. Muitas vezes se encontrava sonhando sobre aquilo que ele acreditava ser uma única união. A intensidade com que se amaram o distanciava de qualquer personagem tolo de histórias de amor. Foi a indiferença e o silêncio que ela insistia em promover que o fez olhar entorno de si. Eles foram feitos do mesmo material que todos os outros romances impossíveis e inventados. Nada do que viveram foi singular, ele admitiu. Nesse exato momento, se deu conta, ela devia estar experimentando em outro todas as palavras que já testou nele. “Você se encaixa tão bem em mim”. “Sinto tanto sua falta, isso definitivamente significa algo”. “Quando penso em família, penso em você”. As lágrimas deveriam ser as mesmas, os sorrisos também. Daí, nasce mais uma nova e velha história de amor. Eles não foram extraordinários, não há nada de especial no insucesso deles, não há por que sonhar que ela seja única, insubstituível. Agora, só a certeza ímpar de que todas as histórias de amor são feitas apenas de fé. E a dele não existia mais. Nele, não existia mais amor algum.
Rebu, um seriado sapatão no Instagram
Há 5 anos
2 comentários:
Pra quem escreveu isso aqui, pqP eu também pagava o PAU! Enfim, também só queria compartilhar...
Abração do amigo falido...
Milena, isso é bonito, verdade e triste. Uma combinação que dói, mas faz sorrir.
Postar um comentário