Eu esqueço da dor passada, dos dias insones, da falta de você. Faço tudo para convencer todas as partes do meu corpo de que você já foi. Não falo mais sobre você. Não ouço mais as mesmas músicas, fujo. Me convenço de que aquilo tudo não era nada e que você não foi o culpado por meus dias sem esperança. Fujo. Aprendi bem a fazer isso. E sem querer, revivo uma seleção 2008 no ipod e dois acordes são o bastante pra me colocar no mesmo ponto em que eu fingi que tinha abandonado: a vulnerabilidade completa. Não sei mais como fugir. O choro no meio do trabalho, a vontade de que você sofra também, a raiva, dor, dor. Tudo em mim parece sentir você de volta. Dias insones. And so on, so on.
Um comentário:
Ao menos a mim, as músicas sensibilizam por demais. Geralmente, quando choro em alguma situação especial, há sempre uma trilha sonora a culpar.
De qualquer maneira, acho que, ao contrário do que todos sempre dizem, o tempo não cura tudo. Acho que ele ajuda a entender, a racionalizar... mas não a esquecer algo ou alguém que marcou demais a nossa vida. Penso que esse acontecimento ou pessoa passa a fazer parte de nós, que temos de aprender a conviver de forma mais pacífica com isso...
A propósito, é a amiga do André Pom-pom, que lia o seu blog há bons anos atrás!!! Voltei a lê-lo porque retornei a essa temática dos blogs...
Bom te ver! Beijo!!!
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